Bolso aliviado

MOC registra queda na inflação e redução nos preços da cesta básica em julho

Larissa Durães
larissa.duraes@funorte.edu.br
Publicado em 09/08/2024 às 19:00.
Para os consumidores montes-clarenses, essa redução nos preços significa um aumento direto no poder de compra (LARISSA DURÃES)

Para os consumidores montes-clarenses, essa redução nos preços significa um aumento direto no poder de compra (LARISSA DURÃES)

A inflação e o custo da cesta básica em Montes Claros caíram significativamente em julho, aliviando o bolso dos consumidores. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), a inflação caiu para 0,33%, uma redução notável em comparação aos 0,64% de junho. Esse declínio reflete principalmente a queda nos preços dos alimentos, promoções no setor de vestuário e a redução nos custos de itens essenciais, como materiais de construção e produtos de higiene. 

“A cesta básica, composta por 13 itens alimentares e destinada ao cálculo do custo mínimo de subsistência de um trabalhador que recebe salário mínimo, apresentou uma deflação de 4,70% em julho, contrastando com o aumento de 4,10% registrado no mês anterior”, destacou a economista Vânia Vilas Bôas.

Ela explica que itens como o tomate e a batata-inglesa, que anteriormente pressionavam o orçamento, tiveram quedas significativas de quase 70% e 4%, respectivamente.

Para os consumidores, como a dona de casa Fabíola Aguiar, essa redução nos preços significa um aumento direto no poder de compra. “Com o custo da alimentação e de outros itens essenciais mais baixos, o dinheiro rende mais, permitindo que as famílias adquiram uma maior quantidade de produtos ou economizem para outros fins”, relata.

Além disso, segundo a economista, a queda nos preços e a deflação em setores como o de vestuário, que contribuiu negativamente com 0,05% no IPC, são resultados de promoções realizadas pelas lojas para liquidar os estoques de inverno. “Este ano, assim como no restante do Brasil, o inverno foi menos rigoroso, o que reduziu a demanda por roupas mais pesadas e impulsionou as liquidações. Isso permitiu que muitos consumidores adquirissem peças de vestuário e calçados a preços mais acessíveis”, explicou.

Outro grupo que apresentou contribuição negativa (queda dos preços) no IPC foi o de habitação, com uma redução de 0,01%. “A queda nos preços de materiais de construção, especialmente os elétricos e hidráulicos, bem como de produtos de higiene e limpeza, também ajudou a aliviar o orçamento dos montes-clarenses”, destacou a economista. 
 
FATORES 
Vânia diz que a valorização do real frente ao dólar e as condições climáticas favoráveis em algumas regiões do país, apesar dos efeitos adversos do El Niño, contribuíram para um aumento na oferta de alimentos. “Isso ajudou a desacelerar os preços e trouxe benefícios diretos para o consumidor final.”

Em um cenário de inflação controlada, Vânia ressalta que a economia local ganha estabilidade, permitindo que os consumidores planejem suas finanças com mais confiança. Com menos pressão sobre o custo de vida, as famílias de Montes Claros podem vislumbrar um segundo semestre mais tranquilo, com mais recursos disponíveis para investir em qualidade de vida.

“Com uma inflação menos agressiva, sobra mais no nosso bolso”, disse o eletricista José Cardoso.

“Essa queda nos preços representa uma vitória para os consumidores de Montes Claros, que, mesmo diante de um cenário econômico nacional desafiador, veem uma melhoria concreta em seu poder de compra e bem-estar financeiro”, conclui Vânia.

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