Em MOC, a CDL informou que a alteração de inadimplentes foi insignificante (LARISSA DURÃES)
Novembro de 2023 registrou um leve aumento no número de inadimplentes no país, atingindo a marca de 66,57 milhões de brasileiros, conforme indicado pela pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Os dados revelam que 40,65% dos adultos brasileiros estavam com contas em atraso, representando um aumento de 3,55% em comparação com o mesmo período de 2022. Em Montes Claros, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) informou que a alteração foi insignificante, com cerca de 210 registros para um universo de 170.928, ou seja, 0,12%.
Para o presidente da CDL de Montes Claros, Ernandes Ferreira, o motivo dessa baixa alteração se deve ao fato de que “mercado tem mantido estável em relação a inadimplência já há vários meses”.
A pesquisa também informou que na análise do mês de novembro, destaca-se a faixa etária de 30 a 39 anos como a mais impactada pela inadimplência, representando 23,75% do total de devedores. Dentro dessa faixa, aproximadamente 16,54 milhões de pessoas, cerca de 48,54% da população dessa faixa etária no país, estão registradas em cadastros de devedores. Em Montes Claros, os inadimplentes estão distribuídos nas seguintes faixas etárias: 18 a 29 anos, com 18,85%; 30 a 49 anos, representando 44,97%; 50 a 69 anos, com 29,82%; e acima de 70 anos, totalizando 6,36%.
O presidente do SindComércio de MOC, Glenn Andrade, destaca a satisfação em ter um índice de devedores tão baixo, considerando isso uma “ficha limpa” positiva para consumidores e empresários. “O montes-clarense, ele é consciente dos seus compromissos, ele compra, ele honra com o pagamento, né, ele faz o pagamento pontualmente para a empresa” comenta. Ele enfatiza que isso fortalece o relacionamento, permitindo a fidelização e o comprometimento mútuo, o que é benéfico para a economia local. A pesquisa também mostra que a maioria das dívidas é com bancos. Entretanto, no caso desses dados de Montes Claros, 90% são de empresas de varejo e prestação de serviços.
Para C.I, de 30 anos, que faz serviços gerais, mesmo não devendo valores muito altos, a sensação é de ser uma inadimplente. “Sim, eu sou inadimplente. Eu devo banco, cartão de crédito. Devo umas prestações pequenas, fácil de resolver. Mas ainda assim eu sinto que sou inadimplente, porque faz parte de quando está devendo, né?!”.
Apesar da sensação de desconforto, C.I. está determinada a quitar suas dívidas o mais rápido possível. Ela planeja negociar para chegar a um acordo favorável, aproveitando as facilidades oferecidas pelos bancos, como acordos e parcelamento. “Acredito que posso pagar tudo ainda este ano. Porque só vou me sentir realmente tranquila quando todas as dívidas forem pagas”, diz convicta.