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Terça-Feira,12 de Agosto
economia

Minas Gerais enfrenta falta de mão de obra qualificada

Empresários destacam dificuldades na contratação e importância de qualificação

Márcia Vieira
marciavieirayellow@yahoo.com.br
Publicado em 24/07/2025 às 19:00.Atualizado em 24/07/2025 às 23:31.

Em abril de 2025, um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), vinculado à Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou um cenário preocupante para o mercado de trabalho em Minas Gerais: 70% das empresas enfrentam escassez de mão de obra qualificada em áreas técnicas e operacionais, dificultando a contratação de profissionais especializados.

Empregadores revelam que, apesar das boas ofertas, considerando boa remuneração, flexibilidade e possibilidade de crescimento, os desafios persistem. Luiz Fernando Nobre, fundador e CEO do Grupo Vision, que nasceu em Montes Claros e hoje está presente em quatro estados brasileiros, destaca que esse fator impacta diretamente no plano de expansão da empresa, que está com mais de 50 vagas abertas para Montes Claros e poucos candidatos disponíveis. “Temos vagas que vão desde estagiários a cargos de liderança. São vagas boas e não existe nem volume de candidatos para entrevistas. Conversando com outras pessoas, percebo que essa situação é geral. Recebemos cerca de 40 currículos e, filtrando, devemos chegar a dez, ou seja, menos da metade das vagas”, diz Luiz Fernando, ressaltando que a empresa tem a preocupação de trabalhar com boas práticas que incluem boa remuneração, flexibilidade de jornada e crescimento profissional. Em virtude dessa escassez, o empresário prevê que a entrada em outros mercados vai demandar m
ais tempo e esse período de transição, associado à mudança de perfil da atual geração, que prefere trabalhar longe dos escritórios, precisa ser considerado.

Ex-funcionário do grupo Vision, o gestor de tráfego Guilherme Mercês afirma que fazer parte da equipe de colaboradores foi um marco na trajetória profissional. “A forma como eles conduz o grupo, com provocações certeiras, direcionamento estratégico e visão prática, me ajudou a sair do modo automático e olhar para minha atuação com muito mais clareza”, declara Guilherme, que após encerrar sua participação ativa na empresa continua prestando serviços a equipe. Segundo o ex-funcionário, a seriedade e o impacto do trabalho foram mais do que uma experiência importante. “Foi essencial para a virada de chave. Se hoje consigo escalar com consistência, é porque tive acesso à base sólida construída pelos gestores Luiz e Silvio. Aprendi a refinar meu posicionamento, ajustar minhas entregas e tomar decisões mais estratégicas para os resultados dos meus clientes, inclusive do próprio grupo”, ressalta Guilherme.

O empresário John Robert, da VIJO Recrutamentos Qualificados, empresa que atua na assessoria corporativa nas áreas jurídica, de cobranças especializadas, assessoria financeira e recrutamento de profissionais, acredita que encontrar profissionais qualificados tem sido um desafio real para as empresas, daí o seu propósito de fazer essa ponte com estratégia, humanidade e eficiência. “De um lado, muitos candidatos sem capacitação técnica, postura profissional e preparo para o mercado. Do outro, muitas empresas continuam buscando o ‘colaborador ideal’, mas investem pouco na valorização, no desenvolvimento e na retenção de talentos”, afirma John. Para ele, o segredo está no equilíbrio e a escassez de mão de obra não será resolvida somente com exigências, mas com visão e compromisso de ambos os lados. “A missão do profissional é dar resultado, enquanto a da empresa, é valorizar os profissionais que dão resultados”, conclui.

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