Empregos formais

Mercado de trabalho em alta

Vagas de empregos formais cresceram em julho, gerando saldo positivo

Larissa Durães
larissa.duraes@funorte.edu.br
Publicado em 03/09/2025 às 22:57.
Os setores de Comércio e Serviços foram os que mais empregaram em julh, na cidade de Montes Claros (Larissa Durães)
Os setores de Comércio e Serviços foram os que mais empregaram em julh, na cidade de Montes Claros (Larissa Durães)

Montes Claros fechou julho com saldo positivo de 273 novos postos de trabalho, resultado de 4.546 contratações e 4.273 desligamentos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nessa quinta-feira (28).

Os setores de Comércio (153) e Serviços (87) foram os que mais contribuíram para o saldo positivo no período. O estoque de trabalhadores formais no município chegou a 98.728 em julho, sendo que mais da metade (51,6%) está empregada no setor de Serviços. Do total de empregos formais em Montes Claros, 22.924 trabalhadores atuam em áreas como informação, comunicação, finanças, serviços imobiliários, profissionais e administrativos, representando 23,2% do mercado e quase metade do setor de Serviços. Outros 25.466 profissionais estão alocados no Comércio (25,8%). O restante, segundo o estudo, está dividido entre Indústria (com 12.205 trabalhadores, 12,3%), Construção (7.206, 7,3%) e Agropecuária (2.883, 2,9%).

No acumulado de 2025, a cidade já soma sete meses de crescimento na geração de empregos. Foram 31.779 admissões e 29.937 desligamentos, o que representa saldo positivo de 1.842 vagas, com média mensal superior a 260 novos postos de trabalho.

Para Fernando Queiroz, do Sindicato do Comércio de Montes Claros (Sindcomércio), avalia que o segundo semestre será promissor, com a expansão da indústria e da engenharia impulsionando o comércio e a geração de novos empregos. “Automaticamente isso reflete também no comércio, que acompanha os investimentos e gera ainda mais postos de trabalho”, destacou.

Queiroz, no entanto, observa que o saldo poderia ter sido maior se não houvesse a migração de trabalhadores para atividades informais. “A influência dessa migração para o micro empreendedorismo digital, como Uber e iFood, impacta diretamente o mercado formal de empregos”, disse.

Outro ponto levantado foi a dificuldade das empresas em encontrar mão de obra qualificada. “Os cinco ‘S’ que são instituições como o SENAR, o SESC, o SENAI, SESI e SENAC, oferecem capacitação, na maioria das vezes gratuita. Um exemplo é a área de segurança do trabalho, que hoje tem cursos gratuitos no SENAI, e é bastante demandada na região”, explicou.

O coordenador da Associação das Empresas do Distrito Industrial 1 e 2 de Montes Claros (ASSED), Bertholdo Pimenta, destacou a relevância do setor industrial no mercado de trabalho local, mesmo diante da predominância do comércio e dos serviços. “Somos de extrema importância, mesmo tendo essa porcentagem de 12% dos trabalhadores formais, porque nós participamos com 27% dos impostos da região. São empresas fortes, em amplo crescimento, que buscam parcerias para dar cada vez mais importância não só à cidade, mas a todo o Norte de Minas”, afirmou.

Apesar de não liderar as contratações em julho, Pimenta destacou que o crescimento da indústria é real, já que o setor não tem alta rotatividade e está ampliando turnos de trabalho, gerando novas vagas efetivas. “As Fábricas que tinham cem funcionários estão aumentando a demanda. Hoje já existem empresas abrindo o terceiro turno, o que significa mais contratações efetivas e não apenas substituições”, explicou.

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