Em 2023, o comércio em Minas Gerais superou o desempenho nacional, registrando um crescimento de 3,2%, em comparação com 1,7% no país (Freepik)
O comércio em Minas Gerais teve um desempenho superior ao do Brasil em 2023, registrando um crescimento de 3,2% em comparação com 1,7% a nível nacional, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esses números positivos influenciaram o otimismo dos empresários mineiros, sendo que, de acordo com pesquisa da Fecomércio-MG, 44,3% do setor esperam um ano melhor em vendas.
O Estado registrou dez meses de números positivos, impulsionados por aumentos nas vendas de alimentos (15,8%) e bebidas, bem como no setor de cosméticos, cuja alta foi de 19,3% no ano. Entretanto, houve um declínio no setor de combustíveis (-17,4%). Apesar do bom desempenho geral, o varejo ampliado enfrentou desafios nos segmentos de veículos e material de construção.
A empresária montes-clarense Ariane Galdino destaca que todo início de ano apresenta desafios significativos para os empresários visualizarem de maneira completamente positiva o restante do ano.
“A gente tem muita conta pra pagar, tem muita coisa acontecendo, mas dentro que a gente entende, assim, de mercado, as expectativas são boas, porque tem o aumento do salário, tem o aumento de crédito, o perdão das dívidas, isenção do imposto para quem recebe até dois salários, e tem a questão do imposto de renda também para o cidadão comum. E, assim, essas coisas todas vão colaborar para a roda girar maior”, acredita. “Mas, eu entendo que esse ano, o crescimento, ele será muito eminente mesmo. Principalmente para a nossa região, que é uma região que está crescendo muito. Vão abrir empresas grandes que vão gerar empregos. Tem empresa que vai gerar mil vagas diretas. Então, isso fica muito bom. Uma cidade que tem 420 mil habitantes; população flutuante é muito interessante. Vai ser um ano bom”, finaliza a empresária.
AUXÍLIO
Para ajudar o crescente otimismo e o crescente empreendedorismo em Minas, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) reduziu as taxas de financiamento para micro e pequenas empresas do estado, visando impulsionar o setor e reconhecendo sua importância econômica. A diminuição de 0,5 ponto percentual nas taxas visa estimular o acesso ao crédito, promover a reorganização de dívidas e fortalecer o fluxo de caixa das empresas.
“O impacto é positivo quando se vê o estímulo para produção tanto no curto quanto no médio prazo. Porque o empresário está endividado, com a corda no pescoço, pronto para fechar as portas, cheio de fornecedor e boletos atrasados, funcionários para pagar, às vezes tributo atrasado, então após o BDMG avaliar, pode liberar o crédito, financiar a dívida desse empresário em sufoco. Isso é benéfico porque dá um folego maior pro devedor e dando este folego gera mais empregos, ajuda a economia, a produção aumenta. Então tem mais bens e serviços disponíveis para a sociedade. Com isso temos uma redução de inflação, porque as empresas oferecem mais bens e serviços”, explica o economista Diego Albuquerque.