A cidade de Januária realiza neste fim de semana (12 e 13 de setembro), na Praça Arthur Bernardes, a segunda edição do Festival da Cachaça, evento que valoriza a produção regional e fortalece a tradição da aguardente local. A programação conta com degustação de cachaças e coquetéis, exposição de marcas, espaço gastronômico, feira de produtos artesanais e atrações culturais, como a Orquestra Norte-mineira de Viola Caipira.
Entre as participantes estão marcas tradicionais, como Claudionor, Caribé, Princesa Januária, Velha Motinha e Januária Única. À frente da Claudionor, as irmãs Úrsula e Lícia Marinho ressaltam a importância da iniciativa. “Esperamos que esta edição seja ainda melhor. É uma oportunidade para divulgar nossas marcas e mostrar para todo o país que Januária tem tradição na produção de excelentes cachaças.”
A produtora Úrsula Maria Carneiro reforça que o evento contribui para dar visibilidade ao setor. “Um grande objetivo é mostrar e divulgar que Januária é uma terra de cachaça, porque tem muitas marcas boas. É também uma oportunidade para que a gente possa chegar mais longe.” Ela explica ainda o diferencial da bebida produzida na cidade. “O solo calcário e úmido proporciona uma cachaça encorpada, com aroma e sabor fortes de cana. Quem prova reconhece a qualidade.”
A secretária de Turismo, Cultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Ana Cláudia Batista da Silva, destaca que o festival fortalece a cadeia produtiva e o turismo. “O evento vem com o intuito de fomentar a nossa economia criativa e tornar a Rota da Cachaça um destino turístico aqui para Januária. A estimativa de público é de 3 mil pessoas por dia.”
Segundo ela, o festival também resgata a tradição da bebida. “Antigamente, a cachaça de Januária era considerada uma das melhores do Brasil e perdeu esse título para Salinas. Este ano formalizamos a lei da Rota da Cachaça, que contempla as cachaçarias da cidade e os alambiques artesanais centenários do distrito de Brejo do Amparo”.
A secretária lembra que, após a primeira edição, o número de empreendimentos locais certificados dobrou. “No ano passado, tivemos três cachaçarias de Januária participando. Este ano já contamos com seis, e para o próximo esperamos pelo menos dez”.
Ana Cláudia ressalta ainda o impacto econômico. “A expectativa é que o público dobre, porque além do festival, teremos a festa da padroeira e a recepção do novo bispo. Como tudo acontece no centro, acreditamos que a movimentação ultrapasse os R$ 20 mil”.
O festival é realizado pela Prefeitura de Januária, em parceria com Sebrae Minas, Emater, Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Instituto Federal do Norte de Minas, Câmara de Dirigentes Lojistas e Secretaria de Agricultura.