ECONOMIA

Festas de Agosto movimentam a economia de MOC

Evento traz ganho econômico para setores de hotelaria, bares e restaurantes da cidade.

Larissa Durães
Publicado em 15/08/2023 às 18:00.
Para entidades, as Festas de Agosto representam um bom período para a economia local (Indi Gouveia)

Para entidades, as Festas de Agosto representam um bom período para a economia local (Indi Gouveia)

A partir da última terça-feira (15), Montes Claros se colore e enfeita para a 182º Festa de Agosto e para o 43º Festival Folclórico, com os seus Marujos, Catopês e Caboclinhos. Responsável por grande parte do movimento econômico da cidade, no período de 15 a 20 de agosto, chama para si o protagonismo e faz os comerciantes da cidade lucrarem com os festejos culturais. 

A comerciante, Flávia Figueiredo, conta que abandonou a profissão de engenheira para se dedicar ao comércio ambulante. “Frequento as Festas de Agosto desde que tenho seis anos. Meu pai tem 40 anos que põe barraca de bebidas e, de uns anos pra cá, eu também, com alimentação, porque vale a pena”, diz satisfeita.

Já para o gerente de Turismo da Prefeitura de Montes Claros, Thiago Neves, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo “tem a missão de transformar esse atrativo em um produto turístico e por consequência fomentar a economia local e sobretudo, reconhecer e valorizar o patrimônio histórico/cultural”, diz. 

Com o objetivo de avaliar a percepção dos visitantes em relação aos preços dos produtos, a secretaria realizou uma pesquisa. Os resultados revelaram que 62,1% consideram os preços da festa adequados, enquanto 31,9% os consideram caros. Apenas 1,7% dos entrevistados acham os preços baratos, e 4,3% preferiram não comentar sobre o assunto.

A respeito dos valores cobrados, Flávia que vende arroz com pequi, feijão-tropeiro entre outras iguarias locais, considera justo, pois, para ela, “tudo hoje está mais caro, mas a gente considera que conseguimos agregar um valor bacana pela qualidade do produto que a gente entrega”, esclarece. 

Segundo a pesquisa, a maioria dos visitantes (95,7%) querem retornar à festa e só 5% ficaram em dúvida. O que para a secretaria da Cultura, Júnia Rebelo, demonstra a grandeza do evento. “Essa festa independe da prefeitura, ela é uma festa do povo e para o povo”, garante. Dessa forma, de acordo com a secretaria, a festa promove um alto índice de endo-turismo, representando o deslocamento significativo dos moradores de MOC dentro da própria cidade. Além disso, observa-se um grande número de montes-clarenses que escolhem retornar à cidade durante esse período festivo. “O que contribui ainda mais para movimentar a economia da cidade e pode ser percebido em todos os locais”, destaca. 

Quanto ao número das barraquinhas, Rebelo explica que na praça é reduzido, mas que o movimento é muito grande nos seus arredores. “Porque temos o movimento de ambulantes, no que diz respeito a feira de arte e artesanato e também, de maneira muito forte a contratação de artistas e trabalhos nos restaurantes e hotéis da cidade nesta época”.

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Montes Claros, Ernandes Ferreira, a festa de agosto é um evento que já consta no calendário econômico da cidade. “Para nós da CDL, essa festa traz um ganho econômico, principalmente, nos setores de hotelaria, bares e restaurantes, de alimentação e festa, que também é impactado, principalmente, nos setores de vestuários. E fora outros setores que acabam agregando como os terciários de serviços que também impacta na economia”, ressalta.

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