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Domingo,24 de Novembro
economia

Entidades apontam fortalecimento de crédito empresarial

Análises apontam recuperação dos mercados e redução nos pedidos de recuperação judicial

Larissa Durães
larissa.duraes@funorte.edu.br
Publicado em 28/02/2024 às 21:53.

Empreendedora no setor de beleza ressalta sua confiança nas interações com outros empreendedores e na perspectiva positiva do mercado (arquivo pessoal)

Em 2023, o aumento da inadimplência e dos pedidos de recuperação judicial, juntamente com a redução das margens de lucro no varejo devido à rápida desinflação e à diminuição das receitas, resultaram do aumento das taxas de juros, lideradas pela Taxa Selic, além de outros fatores. Isso impactou os mercados de crédito e dívida corporativa, restringindo o crédito e elevando seus custos. Contudo, há perspectivas de recuperação em 2024, com a estabilização dos spreads (diferença entre o preço de compra e venda de uma ação, título ou transação monetária), a retomada dos mercados e menos pedidos de recuperação judicial, indicando melhoria ao longo do ano. Apesar dos desafios iniciais, há otimismo nos mercados de crédito, sugerindo uma possível recuperação econômica para as empresas, segundo a Fitch Ratings, agência de classificação de risco de crédito do país.

A última atualização da Câmara de Dirigentes Lojistas de Montes Claros (CDL) sobre a inadimplência foi em janeiro deste ano. Segundo a entidade, houve uma mudança insignificante no ano passado, com cerca de 210 registros em um universo de 170.928, representando apenas 0,12%. A estabilidade é atribuída ao mercado, que tem se mantido constante em relação à inadimplência há vários meses.

Cecília Carla Lima Prates, empreendedora no ramo de beleza, compartilha sua experiência e expectativas em relação ao acesso ao crédito bancário. Ela revela que, apesar de não ter procurado crédito no ano passado, destaca sua confiança nas conversas com outros empreendedores e na tendência otimista do mercado. “Estamos vislumbrando um ambiente favorável para a obtenção de crédito, esperando uma redução da burocracia e estabilização das diferenças entre preços de compra e venda”, acredita.
 
ALTERNATIVAS DE CRÉDITO
Rafael Macedo, gerente geral do Sicoob Credimontes, destaca a diferença entre bancos e cooperativas, ressaltando que as cooperativas estão mais próximas à sociedade. Ele explica que durante a pandemia, mais pessoas conseguiram crédito nas cooperativas do que nos bancos, devido à proximidade da gestão. “A cada dez pessoas que foram no banco, apenas duas conseguiram crédito. A cada dez pessoas que vieram na cooperativa, seis conseguiram tomada de crédito”, informa.

Macedo prevê boas perspectivas para o panorama econômico de 2024, com a queda na taxa de juros, o que torna o crédito mais acessível para os empresários. Ele projeta um crescimento de 30% nas operações para este ano, destacando a perspectiva de desaceleração da inflação e da taxa Selic arrefecendo. “O programa Desenrola Brasil também facilita o acesso de empresas negativadas e com débitos a reestruturar ou quitar suas dívidas, possibilitando que essas empresas voltem a obter crédito no mercado após limparem suas restrições financeiras. Diante desses cenários positivos, acreditamos que a retomada da atividade econômica será impulsionada pela injeção de recursos na economia”, comenta. 

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