Agronegócio

'Dia do Campo' celebra a força e a vitalidade da produção rural

Larissa Durães
larissa.duraes@funorte.edu.br
Publicado em 10/05/2024 às 13:01.
 (Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Montes Claros)

(Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Montes Claros)

O dia 10 de maio marca a celebração do Dia do Campo em todo o Brasil, uma ocasião dedicada a homenagear os trabalhadores rurais que exercem um papel vital na produção de alimentos em todo o Brasil. É uma oportunidade para reconhecer suas contribuições significativas e refletir sobre os desafios e triunfos enfrentados pela comunidade rural.

Segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA-MG), em 2023, o agronegócio mineiro correspondeu a 22% do PIB, gerando 1.200 novos empregos. A produção agrícola de Minas se destacou pela qualidade e sustentabilidade, preservando 43% da cobertura vegetal do estado. A produção de café é um destaque, tornando Minas o maior produtor do Brasil. Além disso, a agricultura familiar é essencial, representando a segunda maior população de agricultores no estado, perdendo apenas para a Bahia.

Ricardo Peres Demicheli, subsecretário da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA-MG), informa que, em 2024, Minas Gerais produziu 27,2 milhões de sacas de café. Também produziu 9,4 bilhões de litros de leite, correspondendo a 27% do total nacional. “Minas também lidera o ranking nacional na produção da batata inglesa, alho, ervilha e na criação de equinos. Está ainda entre os principais produtores de feijão, abacate, laranja, limão, cana-de-açúcar, banana, tilápia e ovos de galinha e de codorna. Então, o dia 10 de maio, o dia do campo, é um dia especial para toda a sociedade de Minas Gerais, pela força que o campo representa e na qualidade de vida de toda a sociedade mineira”, ressalta.

Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), no Norte de Minas, os bovinos (Leite e Corte) são 2.834.992, com uma participação de 12,3%. Em Minas Gerais, são 22.993.105. No que diz respeito ao leite (Mil litros), no Norte de Minas, chega a 309.471.000, o equivalente a 3,3%. Em Minas Gerais, 9.362.693.000.

“O agricultor de Minas Gerais, ele é forte na produção de alimentos da cesta básica, nós diríamos aqui que elas compõem, a agricultura familiar compondo aproximadamente 70% do que é produzido, de grãos, arroz, feijão, café e partindo para mandioca, cenoura, horticultura, avicultura, suinocultura e bovinocultura”, frisa.

TRABALHO ÁRDUO
Marina de Cássia Ferreira Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Montes Claros, destaca a grande importância do campo para quem nele trabalha, para a economia e para a sociedade, em geral. “O que é cultivado no campo é o alimento essencial para toda a população brasileira, especialmente para os moradores urbanos”.

Marina enfatiza a necessidade de manter as pessoas no campo, pois, segundo ela, “é preciso proporcionar mais oportunidades de lazer para os jovens para incentivar sua permanência no campo.” Destaca ainda a importância da valorização e defesa do campo para garantir sua continuidade. “Sem as pessoas que vivem no campo e sem políticas públicas adequadas e lazer, a vida no campo não será satisfatória. É como deixar uma planta morrer por falta de água. A sociedade precisa valorizar e defender o campo para que ele continue a existir”. 

VALORIZAÇÃO DO CAMPO
José Henrique Veloso, presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, considera que a importância do Dia do Campo, representa a sobrevivência do norte-mineiro, tendo sido esse, essencial em sua formação através da pecuária. Veloso enfatiza que é fundamental valorizar o campo, pois, apesar do desenvolvimento industrial e de serviços em Montes Claros, a região norte de Minas ainda depende muito da produção rural, como a pecuária e a agricultura familiar.

“Montes Claros é uma cidade que experimentou um grande desenvolvimento industrial e de serviços. No entanto, ao observarmos toda a região norte de Minas, percebemos que o trabalho realizado no campo ainda é predominante. Isso inclui a produção leiteira, a criação de gado de corte e a agricultura de pequenos produtores, responsáveis pela produção de mel e hortaliças”. Essas atividades, segundo Veloso, “demonstram a importância do trabalho rural, a qual é a base de toda essa região”, afirma.

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