ECONOMIA

Cresce empresas varejistas com presença on-line

De acordo com a Fecomércio MG, quase 60% das empresas do setor possuem vendas online

Larissa Durães
Publicado em 19/09/2023 às 19:00.
Para Anna Paula, as vendas online são um sucesso (Arquivo Pessoal)

Para Anna Paula, as vendas online são um sucesso (Arquivo Pessoal)

Uma análise conduzida pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG revelou que, em Minas Gerais, a situação das empresas em relação à presença online se consolida da seguinte forma: 56,7% delas já estão estabelecidas online. Além disso, 13,8% ainda não operam na internet, mas têm a intenção de ingressar nesse espaço, enquanto 49,33% planejam manter exclusivamente sua presença online sem operações físicas.

Em Montes Claros, segundo informa o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Montes Claros (CDL), Ernandes Ferreira, a estimativa é que quase 80% já estão vendendo on-line. “Isso acontece, porque quem dita o mercado é o consumidor. E ele quer comodidade”. Ele explica também que, às vezes, o comércio não possuiu o site, “mas tem o WhatsApp que ajuda muito”. 

A análise revela que, na maioria dos casos, as vendas são conduzidas através de diferentes canais, com 50,0% das empresas que vendem pela internet optando pelo WhatsApp Business, enquanto 85,0% preferem as redes sociais, incluindo o Instagram, Facebook e Messenger. Além disso, 16,3% das vendas ocorrem por meio de marketplaces, que são plataformas online que desempenham o papel de intermediários entre o vendedor e o consumidor.

Os motivos que levam estas empresas a recorrer às vendas on-line são a mão de obra especializada, apontada por 51,3% dos empresários como um dos principais desafios na gestão do comércio eletrônico (e-commerce), seguido de concorrência (8,8%) e logística (7,5%). 

Para o presidente da CDL, as vendas pela internet não são mais uma tendência, mas uma necessidade, entretanto, isso não significa que as lojas físicas irão acabar. “Tem gente que tinha loja só on-line e que agora está abrindo a loja física. Isso porque percebeu que o consumidor gosta das experiências diretas, físicas. Então, o melhor dos mundos e necessários é ter os dois”, acredita. 

Anna Paula Gonçalves de Carvalho, do ramo de comércio de semijoias, de MOC, vende on-line há três anos e se diz satisfeita; principalmente por conseguir atingir outras cidades fora do Norte de Minas. “Prefiro vender on-line porque consigo vender para outras cidades também. Atingindo um maior fluxo de pessoas. Vendo através do Instagram e do meu próprio site”. 

A análise da Fecomércio, mostrou que o Instagram é a rede social mais utilizada — por 61,5% dessas empresas. Em segundo lugar, o Facebook com 37,6%. Já em relação à forma de pagamento, 88,75% das empresas on-line aceitam pix, enquanto 67,50%, aceitam crédito e 62,5% aceitam débito.

Para a cliente Isabela Fernandes é vantagem comprar on-line, “porque é mais barato e cômodo”. E mesmo se a mercadoria chegar atrasada, isso não a incomoda. “Atraso faz parte. Pra mim o problema é quando o produto não dá certo, e devolvo e o estorno nunca chega. Quando isso acontece, paro de comprar nessa loja. Mas continuo comprando em outras lojas on-line, porque é bem cômodo”, relata. 

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