Segurança e futuro

Cooperriachão e Acelen: parceria transforma agricultura familiar em Mirabela

Larissa Durães
larissa.duraes@funorte.edu.br
Publicado em 20/11/2025 às 19:00.
O gerente de Relações Institucionais e Responsabilidade Social da empresa, Leonardo Ferreira da Silva, explicou que “uma das diretrizes da empresa é manter o diálogo constante com as comunidades, identificando parceiros que possam agregar ao negócio” (Divulgação/ COOPERRIACHÃO)
O gerente de Relações Institucionais e Responsabilidade Social da empresa, Leonardo Ferreira da Silva, explicou que “uma das diretrizes da empresa é manter o diálogo constante com as comunidades, identificando parceiros que possam agregar ao negócio” (Divulgação/ COOPERRIACHÃO)

A COOPERRIACHÃO, de Mirabela (MG), conquistou R$ 500 mil em recursos não reembolsáveis do Governo de Minas após ampliar seu apoio técnico com a Acelen Renováveis. A parceria integra ações de desenvolvimento territorial e será acompanhada por novas capacitações. Em novembro, cooperativa e empresa reinauguraram a sede modernizada, fortalecendo as operações de uma organização que reúne 450 famílias de 62 comunidades e beneficia macaúba desde 2009.

O presidente da cooperativa, Jerley Soares da Fonseca, afirmou que o suporte técnico foi decisivo para a conquista do edital estadual. Segundo ele, “o apoio técnico da Acelen Renováveis foi fundamental, eles nos deram a capacitação técnica estratégica para que a cooperativa pudesse estruturar um projeto de alta qualidade”. Ele destacou ainda que a nova sede representa um avanço importante para o funcionamento interno. “A reinauguração da sede foi um divisor de águas, com modernização das rotinas, organização dos fluxos e mais eficiência no beneficiamento da macaúba”, disse. Para Jerley, o fortalecimento institucional também foi expressivo, já que “a nova sede é um símbolo do crescimento e do futuro que estamos estruturando para o agroextrativismo na região”.

O presidente avaliou ainda que os agricultores têm sentido os impactos do programa Acelen Valoriza, que oferece pré-mudas de alta qualidade, crédito adequado e compra futura da produção. “O impacto tem sido percebido como segurança e perspectiva de futuro”, afirmou. Ele ressaltou que as metas incluem 36 mil hectares destinados exclusivamente a pequenos produtores e que o programa “dá condições de manter as famílias no campo com dignidade e tecnologia”. Para os próximos anos, Jerley adiantou que as capacitações em gestão e cooperativismo devem ampliar a eficiência interna e a inclusão de novas famílias na cadeia produtiva. “Esperamos sustentabilidade a longo prazo, transformando a COOPERRIACHÃO em um modelo replicável de sucesso”, completou.

A Acelen também avança com o Acelen Agripark, centro de pesquisa que recebeu R$ 314 milhões em investimentos e realizou, em 2025, a primeira extração industrial de óleo de macaúba do mundo. O complexo é voltado à produção de combustíveis sustentáveis de aviação e integra agricultores familiares ao cultivo.

O gerente de Relações Institucionais e Responsabilidade Social da empresa, Leonardo Ferreira da Silva, explicou que o apoio às cooperativas começa com diagnóstico socioambiental nos territórios. Segundo ele, “uma das diretrizes da empresa é manter o diálogo constante com as comunidades, identificando parceiros que possam agregar ao negócio”. Sobre a COOPERRIACHÃO, afirmou que o foco inicial foi fortalecer a gestão interna e melhorar a infraestrutura, com novas capacitações previstas para ampliar a autonomia da cooperativa.

Leonardo também destacou que o fortalecimento da cadeia da macaúba pode gerar impactos expressivos na economia regional. “Esperamos uma transformação econômica e social considerável”, afirmou. Entre os resultados previstos estão a recuperação de 180 mil hectares de pastagens degradadas, a geração de 85 mil empregos e a destinação de 36 mil hectares a pequenos produtores. Ele lembrou ainda que o projeto pode injetar até US$ 40 bilhões na economia brasileira. Para ele, o maior desafio na expansão da macaúba como matéria-prima para combustíveis sustentáveis é levar a pesquisa à escala industrial, processo que o Agripark já iniciou. “É o maior e mais moderno centro do mundo dedicado à macaúba”, disse.

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