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Terça-Feira,29 de Outubro
ECONOMIA

Aumenta o número de empregos com carteira assinada

MPEs lideram, representando 70,8% dos empregos formais criados em 2023

Larissa Durães
Publicado em 13/09/2023 às 19:00.

Em MOC, no mês de julho, as microempresas responderam por 75,5% dos saldos positivos obtidos (Larissa Durães)

Uma análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG revelou que com a nova proposta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) de elevar o teto de faturamento anual para microempreendedores individuais (MEIs) de R$ 81 mil para R$ 144,9 mil, o número de MEIs deverá aumentar no país. Isso contribui, segundo os dados, para o crescimento do emprego com carteira assinada no Brasil.

Na última análise feita pela Fecomércio, em julho de 2023, as micro e pequenas empresas (MPEs) foram responsáveis por 79,8% das vagas de trabalho criadas, representando um total de 113,8 mil postos de trabalho, uma média de 3.670 vagas formais geradas a cada dia. Esse número é significativamente superior ao das médias e grandes empresas (MGEs), que contribuíram com apenas 13,5% das vagas criadas. A Fecomércio também considera o acumulado do ano, no qual as MPEs continuam liderando, representando 70,8% dos empregos formais criados em 2023.

Considerando os dados disponibilizados pelo Ministério do Trabalho, o Boletim Informativo do Mercado de Trabalho Formal de Montes Claros, apresentado pela Unimontes, informa que, na cidade, foram gerados até o mês de julho 934 novos postos de trabalho, representando um crescimento de 0,96% em relação a dezembro de 2022. Em julho, o setor que proporcionou o melhor saldo foi o setor de serviços (58,3%) seguido pela construção civil (32,2%).

Contudo, esses números poderiam ter sido ainda maiores se houvesse mais mão de obra disponível, como explica o engenheiro Civil, Douglas Marcos de Oliveira. “Em relação a trabalho, a mão de obra está bem escassa”. 

Para o engenheiro, MOC tem emprego, o que não tem é quem possa trabalhar. “Por essa razão colocamos anúncios e vem gente do Norte de Minas, do Vale Jequitinhonha, pessoal da Bahia tem vindo muitos, como hoje mesmo contratei dois profissionais da Bahia”, informou.

O boletim também mostrou que em julho, as microempresas da cidade responderam por 75,5% dos saldos positivos obtidos. As microempresas com até quatro trabalhadores respondem por todo o saldo positivo gerado no período, sendo o setor de serviços responsável por aproximadamente 77,5% deste, seguido pelo comércio com cerca de 20%. Este saldo positivo também é seguido pelas pequenas empresas com 17%. As empresas de pequeno porte, com 10 a 19 trabalhadores, são do comércio, enquanto as empresas de médio porte, com 50 a 99 trabalhadores, pertencem ao setor de serviços. Já as grandes empresas da indústria foram as que apresentaram um saldo negativo mais expressivo.

“Eu trabalhava na Coteminas, e fui mandado embora. Porque eles estão com processo de fechamento e, por isso, estão mandando embora muita gente. Depois, fiquei trabalhando um tempo na rua e depois arrumei como pedreiro bem rápido”, comenta, Sérgio Santos, que admite, “as pessoas estão mais aliviadas em relação a empregos, porque pra quem quer, emprego tem”, admite.

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