Michelle Tondineli
Repórter
O grupo de teatro Os 10 mais apresenta, novamente, hoje e amanhã, quinta e sexta feiras, às sete e meia da noite, no Centro Cultural de Montes Claros, o espetáculo infantil A anta, O lobo mau e os três porquinhos. No elenco, cinco atores tentam animar as crianças com brincadeiras e muita diversão.
De acordo com um dos atores, Diógenes Câmara, a anta só compõe a história para que fique mais engraçada...
- Ela é uma espécie de um corretor de imóveis, vende terra para o lobo e para os três porquinhos. Por ser uma parente próxima do lobo, em alguns momentos ela é carnívora e tem hora que não é... A intenção dela é tirar proveito de cada um deles da melhor forma que puder - explica.
Para que a trama não seja injusta, Diógenes explica que a anta procura favorecer cada um dos animais, enganando-os.
- No fim, ela acaba ficando sem ter sucesso, assim como o lobo mau. A história é a mesma, o lobo perseguindo os porquinhos, e a construção de três casas, a de palha, madeira e de tijolos, fugindo do lobo e ficando na mesma casa - revela.
A peça A anta, o lobo mau e os três porquinhos foi apresentada em 2008 em Montes Claros. Baseado nas apresentações anteriores, Diógenes diz que, para trabalhar com criança, deve-se acontecer uma interação de público e atores.
- Nessa peça, sempre brincamos com a criançada, o lobo sai do palco e persegue os porquinhos no meio das crianças. Assim como em outra peça nossa, A bela e a fera, a briga dos dois acaba na plateia. Sempre estamos proporcionando uma alegria maior para a criança. A anta, por exemplo, as crianças tomam uma raiva dela, e ficam falando com os porquinhos que eles estão sendo enganados, chamam-na de traidora e puxam a capa dela do palco. Fazer peça infantil tem que interagir e brincar com eles ali. Nós temos um figurino maravilhoso para essa peça - diz.
O nome anterior do grupo era Faceato. Segundo Diógenes, Os 10 mais já encenaram as peças Odorico, o bem amado e Pinóquio. Tem ainda dez peças infantis, entre elas, Pinóquio, A bela e a fera e A anta, o lobo mal e os três porquinhos. Também foram apresentadas: Os 10 mais do córtex cerebral, As mãos de Eurídice, Confidências de um espermatozóide careca, Procópio, Eu Jesus e outros.
Moc tem, segundo Diógenes, 18 grupos de teatro, o que acaba exigindo mais:
- O que tenho batalhado é por peças novas. Nós quase não repetimos peças, e queremos que os outros façam a mesma coisa. Muitos grupos estão com peças de dez anos atrás, e não pode ser assim. Tem que inovar - ressalta.
Até o final deste ano novos projetos vão ser apresentados pelo grupo, segundo ele. E explica que está aguardando o término de um galpão cultural que está sendo improvisado pela prefeitura onde funcionava a Casa do tambor.
- Acredito que o galpão cultural vai ficar bom e vai se inteirar com o Centro Cultural e a sala Geraldo Freire no teatro. Quero mostrar que o galpão tem campo para teatro e que também é bom para fazermos algo bom. Acho que o espaço do Centro cultural tem que ser cedido para peças novas, e só para o teatro – frisa Diógenes.
Para o próximo ano, estão previstas novas peças infantis, como O rapto das cebolinhas, O pulo da sereia, Chapeuzinho vermelho e outras.
- O nosso grupo está bem, e queremos que os colegas melhorem o nível dos espetáculos e que passem a inovar. Todos me conhecem e sabem como trabalho, vou fazer outro tipo de Eu Jesus no final do ano. Para entrar no grupo basta gostar de teatro - diz.
Para mais informações ou contatos: (38) 9124.6057 ou (38) 3213.8560 ou no email: diogenesvasconcelos camara@hotmail.com.