Michelle Tondineli
Repórter
Os montes-clarenses Silvania Nogueira e Maurício Bandeira, produtores independentes, realizaram a produção do vídeo SOS Olímpio Campos. De acordo com Silvania, o objetivo do trabalho é valorizar a cidade e as pessoas.
- No caso do SOS Olímpio Campos, queríamos que uma ponte em péssimas condições fosse reformada. Ela é a ligação de São João da Ponte a Capitão Enéas e há 35 anos estava destruída. Através deste filme fizemos toda a assessoria e ficamos aguardando o apoio. Graças a Deus, o governo respondeu em tempo rápido - afirma.
Segundo Silvania, em junho de 2008 o Pac - Programa de aceleração do crescimento permitiu a construção da ponte, no valor de R$ 800 mil.
- A ponte era completamente sustentável e levava todo o apoio para as cidades. A comunidade do Agreste e de Quem Quem estava saindo prejudicada. Como nasci em Montes Claros, eu já conhecia a região e não podia mais permitir que a ponte ficasse daquela forma. Usamos a força da comunicação e em um ano e seis meses conseguimos retorno - diz.
Silvania diz ainda que o documentário foi divulgado no site youtube, em sua conta ecoguimba.
- Queremos que este trabalho seja um exemplo para outras pessoas e que a união das pessoas faça boas ações. Quando mostramos a realidade das pessoas e a realidade de cada um, pensamos em valorizar as pessoas da região. Nós queremos que elas se amem mais, queremos mostrar a qualidade de Montes Claros - afirma.
Todo trabalho demanda recursos. A primeira etapa das filmagens locais dos artistas de Montes Claros já foi realizada. Silvania afirma que agora é preciso cooperação e patrocínio de empresas locais para avançar à próxima etapa do trabalho.
- Temos gasto com viagem para entrevistas. O filme é de responsabilidade social. Queremos mostrar o valor de cada um e um exemplo de atitude. E este recurso áudio visual ainda é uma das poucas coisas que consegue chamar a atenção da população - diz.
Segundo Maurício, após conseguir o patrocínio, em quatro meses é possível concluir todo o material.
- Como é um filme de responsabilidade social, vai ser a oportunidade de fazer um trabalho neste sentido. Já conseguimos permissão da moviecom para exibir o filme lá. Não queremos ganhar dinheiro em cima do filme. Para nós, o importante é a documentação histórica. Com ele queremos participar de festivais para conseguir uma valorização - finaliza.
Outras informações através dos telefones (38) 8204- 6944 ou (21) 8861- 8000. O vídeo está disponível no endereço eletrônico www.youtube.com.br/ecoguimba.
GENTE QUE FAZ A TERRA RETRATA MONTES CLAROS
Silvania Nogueira e Maurício Bandeira estão produzindo um filme com nomes importantes da cultura de Montes Claros. O objetivo é fomentar entre a juventude o interesse pelo conhecimento de suas origens e a importância da música e do folclore como inserção social e cultural.
Segundo Silvania Nogueira, através de depoimentos, imagens de arquivo e sons, o telespectador observará que as coisas mais simples podem ter um valor inestimável para as futuras gerações e ao mesmo tempo poderão observar que elas próprias fazem parte do contexto.
- O intuito do Gente que Faz a Terra é mostrar pessoas de atitude. Famosos e anônimos falam, através de suas experiências e atitudes, da necessidade de não deixar morrer estas lembranças que tornam esta região do Norte de Minas um celeiro de múltiplos talentos - diz.
O documentário conta com a presença de Marina Lorenzo Fenandez, Zezé Colares, Joaquim Carlos de Paula, Diana Popoff, Talitha Peres, Aroldo Pereira, Diógenes Câmara, Jason de Morais, Mestre Zanza e outros. Além de mostrar vários lugares e tradições, como estação ferroviária e rodoviária, área rural, festa de folia de Reis, Catopês, Caboclinhos e Marujos, grupo Banzé, mercado municipal, poliesportivo, museu do folclore, parque Sapucaia, zoológico, Lapa Grande e outros.
Gravação com Marina Lorenzo Fernandez.
Silvania afirma que a indicação de pessoas surgiu de várias conversas.
Um indicava outro.
- Começamos o filme com a Marina, ela indicou o Joaquim de Paula, e por aí fomos. Não importa a idade dos personagens, cada um tem algo a acrescentar sobre esta terra. Já terminamos a primeira etapa das filmagens, começamos no Rio e viemos para cá. Os custos foram todos por nossa conta, mas chegamos a um momento em que nosso recurso acabou. Porque trabalhamos sem fins lucrativos e queremos entrevistar várias pessoas - afirma.
Maurício fala que chega um momento em que é necessário buscar um patrocínio ou parceria.
- Porque este trabalho vai ser um acervo histórico e cultural para a cidade. As pessoas têm cedido as músicas, têm participado. Queremos mostrar para todos e apresentar a região, além de mostrar que as pessoas podem fazer sua parte e se amar mais. É um exemplo de atitude e de fazer. O filme se passa no Norte de Minas. Queremos continuar produzindo – diz.
Afirma ainda que a meta é fazer um trabalho de jornalismo verdadeiro e parcial, para esclarecimento.
- Um trabalho de cidadania, de coração e de responsabilidade. Com explicações do que é e o que não é, o certo e o errado. Tentar contaminar e mostrar para as pessoas que elas devem fazer sua parte. Que devemos fazer em vez de reclamar. O que é feito aqui influencia as regiões ao redor. Pode ser visto de uma nova forma. Temos que acreditar nessa realidade - afirma.
Outras informações podem ser obtidas no blog www.mocnews.blogspot.com.br ou pelos e-mails silvania.nogueira@yahoo.com.br e silvaniaplanejamento @gmail.com.
