Vestígios da última hora

Jornal O Norte
Publicado em 29/06/2011 às 08:33.Atualizado em 15/11/2021 às 17:30.

Dário Cotrim *



Evany (Evany Cavalcante Brito Calábria) lança mais um livro de poesias. Primeiro veio a “Infância Verde”, que é parte integrante do Consórcio Literário “Oficina das Letras”, e, agora os “Vestígios da Última Hora”, que são poesias de amor de vários outros amores. Para tentar definir a poesia de Evany é preciso, antes de tudo, entender os dois elementos que lhe dizem respeito: os poemas da virtualidade de amor e o que se refere sobre as virtualidades de vários outros amores. Se, do ponto de vista inicial, a poesia do primeiro álbum poético traz para os leitores a melodia comum de seus poemas, por outro lado, no final encontramos o nome da rosa que de tão flor tornou-se tão somente rosinha. Aliás, aqui floresce o doce momento nos vestígios de última hora.





Todos nós sabemos que esta não é a primeira grande emoção da acadêmica Evany. E tampouco não será a última das grandes emoções. É importante entender que o seu poema revela sempre menos do que a autora tem de potencialidade. Pois Evany é talentosa, é romântica e se emociona facilmente com as palavras. De modo que ela carrega no seu farnel literário uma sobrecarga considerável de sonhos. São deles que brotam os mais belos poemas. Não há dúvida, são os belos poemas de amor e de amigo!





As palavras são gritos silenciosos. O livro de poesia é o ambiente que se explica através das palavras a formação de uma obra literária. Entretanto, se a explicação for cabal, deixará de ser artística para ser uma obra cientifica. Em vista disso, o leitor não precisa de explicações, senão a sua sensibilidade para entender as angústias e os prazeres da autora. “Vestígios de Última Hora” é assim, um livro repleto de mensagens carinhosas aonde as palavras, em silêncio absoluto, vão desnudando do coração o amor que existe na alma. Como bem disse Karla Celene Campos, ela tem a sua poesia palpável, ora doce, ora amarga. Pois assim é a poesia de Evany.





Convém lembrar que no inicio do livro notamos que os poemas ali são curtos e de formas diversificadas, mas com musicalidade nos versos, o que leva o leitor ao mundo dos sonhos, participando inclusive dos sonhos da própria autora. Assim é que nos induz à descoberta de que não há desamor para a arte, senão o de não haver a arte sem amor. Evany escreve e descreve com arte e amor. As suas obras literárias provam e aprova essa nossa afirmativa.





Numa outra perspectiva, afirmamos que a poesia de Evany tem uma característica intimista, pois nota-se que ela sempre escreve os seus versos na primeira pessoa, colocando assim, os seus sonhos e a sua imaginação poética no primeiro plano. No seu segundo livro ela não fugiu à regra. Há uma valorização do “eu” e dos outros “eus” como uma coisa somente dela. Talvez seja pela simplicidade de sua escrita, ou talvez não. Não é por engano que num poema dedicado ao ilustre mestre das letras, doutor Wanderlino Arruda, ela dá-nos a imagem dessa concepção quando diz que Arruda “nasceu no paraíso/ veio morar neste sertão/ permitiu-me ser feliz escrevendo/ este é o meu padrinho de coração”.





As histórias encantadas, vividas e contadas por Evany, em “Infância Verde”, e, agora no amor de vários amores dos “Vestìgios de Última Hora” credencia-lhe com todos os méritos a Cadeira de número 26 da Academia Feminina de Letras de Montes Claros. Pensando dessa forma, a nossa confreira do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, a professora Yvonne de Oliveira Silveira fez registrar na quarta capa do livro “Vestígios de Última Hora” que “a poesia – de Evany – é impregnada de amor”. Tem razão a nossa ilustre confreira. Parabéns Evany

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