A convite da deputada federal Manuela D’Ávila (PC do B – RS), relatora do PL – Projeto de Lei 5798/2009, que cria o Vale Cultura, parlamentares de diversos partidos, dirigentes sindicais e representantes do Ministério da Cultura participaram, quarta-feira, 1º de dezembro, em Brasília, de um reunião que discutiu propostas para agilizar a aprovação, na Câmara, do Vale Cultura, primeira política pública de incentivo ao consumo cultral.

Entre várias autoridades estava Alfredo Manevy, secretário executivo do ministério da cultura, Ubiraci Dantas, da Central Geral dos trabalhadores do Brasil, Adi dos Santos Lima, presidente da unidade paulista da Central única dos trabalhadores, e o ator Eduardo Martini.

A deputada Manuela destacou a urgência de se aprovar a instituição de uma política pública que permitirá acesso à cultura para milhões de pessoas, dentre as quais muitas nunca foram a uma sessão de cinema, ou a uma peça de teatro, tampouco jamais visitaram um museu, e tantos outros dados levantados em pesquisas que indicam o acesso aos mais diversos segmentos culturais como privilégio para poucos.

O secretário executivo do ministério da cultura, Alfredo Manevy, parabenizou o empenho com que a deputada Manuela tem agilizado a tramitação, na Câmara, do PL que institui o Vale Cultura e mobilizando representantes dos mais diversos setores para um debate que interessa a todos, uma vez que – a aprovação do Vale Cultura compreenderá, a um só tempo, acesso à cultura, aquecimento da economia cultural e, com isso, maior geração de trabalho e renda – destacou.

O ator Eduardo Martini contou que a expectativa da classe artística para com a aprovação do Vale Cultura é imensamente positiva, pois, com o fomento público do consumo, haverá um aumento de espectadores, o que possibilitará a produção de mais espetáculos e, assim, consequentemente, maior oferta de trabalho para costureiras, iluminadores, cenógrafos e tantos outros profissionais indispensáveis às produções culturais.

Também sobre oportunidades que a aprovação do Vale Cultural corresponderá para a classe trabalhadora, dirigentes sindicais ressaltaram a importância de intensificar o diálogo com dirigentes de entidades patronais, para que estes participem de um projeto que trará benefícios para todos: para os trabalhadores, haverá, além do ganho humano, cidadão, que a cultura oferece, o ganho material, com mais vagas de trabalho, e para as empresas, além da renúncia fiscal que o Vale Cultura compreende, o retorno institucional, positivo à imagem de qualquer empresa que apresente responsabilidade social.

Comum a todos os presentes, em suas falas, um mesmo desejo: de aprovação do Projeto de Lei do Vale Cultura ainda este ano. Se aprovada, será a primeira vez que muitas pessoas de terão contato com as artes visuais, cênicas, audiovisuais, música e ao patrimônio artístico. A iniciativa será também uma alavanca para a economia, R$ 7 bilhões de reais poderão ser ejetados anualmente no mercado cultural.

Confira dados de pesquisa divulgada pelo Ministério da Cultura:

87% dos brasileiros não frequentam cinemas;

90% dos municípios não têm cinema, teatro, museu ou espaços multiuso;

92% dos brasileiros nunca foram a um museu;

78% dos brasileiros nunca assistiram a um espetáculo de dança.

Mais informações pelo site www.cultura.gov.br/valecultura.