Adriana Queiroz
Repórter.
Aliane Pereira nasceu em Montes Claros, é filha do contador Raul José Pereira, foi um dos diretores do Frigonorte e Passonorte e da dona de casa Zélia Braga Pereira.
Eliane é formada no curso técnico, bacharel e licenciatura em piano pela Conservatório Brasileiro de Música no Rio de Janeiro e tem pós-graduação em Música pela faculdade Marcelo Tupinambá, em São Paulo.
Seu interesse pela música e, consequentemente pelo piano, foi através de seus familiares.
- Minha irmã Rosângela tocava piano em casa, me ensinou as primeiras notas, me incentivou, aprendi em casa com ela. Ela formou no conservatório e hoje é aposentada e, é claro, não poderia esquecer do meu avô, Athos Braga, músico de banda. Ele tocava clarineta, compunha e regia banda, tocava em cinema mudo. Também com a facilidade de ter o conservatório Lorenzo Fernandez bem pertinho de minha casa, uma escola estadual no centro facilitou muito. Era uma porta aberta – conta.
Para Eliane, muitos foram os professores que se destacaram durante seu aprendizado e considera que aprendeu com cada um deles.
- Meus professores foram todos importantes na minha formação musical e também no desenvolvimento pela arte, pela música. Cito, por exemplo, a Thalita Peres, minha primeira professora de piano, a saudosa Iraides Santos Drumond, professora de muitos anos, um exemplo de dedicação ao trabalho. A professora de musicalização, Maria de Fátima Mendes; Antonieta Silva Silvério, professora de piano e prática de conjunto e regente do instrumental Marina Silva, do qual também participei.
Para Eliane, o maestro Sérgio Magnani foi de grande importância em sua trajetória, quando ministrou aulas de piano e história da arte e estética, e fala com carinho de dona Marina Lorenzo Fernandez.
- Dona Marina foi minha professora de piano e minha diretora por muito tempo. Foi a maior incentivadora dentro da música durante meus estudos. Um exemplo de amor à arte, de trabalho, doação - declara.
Eliane diz que, no período de estudante, todos os professores passaram a ideia de fazer arte com amor e recorda com carinho da competência e alegria de dona Cecy Tupinambá Ulhoa, professora de percepção musical.
- Não poderia deixar de falar de dona Marinez Maciel, Marciello de Paula, Conceição Lafetá, Júnia Melo Franco, Raquel Crusoé, Irene Maria Fernandez, Joquim Carlos de Paula e tantos outros – relembra.
Sob os planos futuros Eliane declara:
- No conservatório me dediquei à parte pedagógica. Sou professora há quase 30 anos, inclusive me aposentei de um cargo, ano passado, mas estou trabalhando em outros cargos. Coordeno o curso de piano, além de quatro concursos nacionais de piano, vários concursos Estímulo de Piano Júnia Melo Franco e este ano, o maior desafio será na área de piano com a realização do 6º Concurso Nacional de Piano.
Sobre um sonho não realizado ela diz que o maior seria o apoio à arte por parte dos governantes.
Para os leitores, um conselho:
- Para os leitores que algum dia pretendem ser bons músicos, diria que a música é uma arte que exige muita dedicação e muito amor.
