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Sexta-Feira,27 de Junho
entrevista

Uma noite, muitas telas: dança e memória em movimento

Mara é bailarina, professora de ballet clássico, jazz, dança contemporânea

Adriana Queiroz
genteideiascomunicacao@gmail.com
Publicado em 26/06/2025 às 05:35.

A 13ª Mostra PDM da Escola de Dança Pássaro de Minas convida o público a embarcar numa viagem emocionante pela história da televisão e suas inesquecíveis narrativas, através do “Uma Noite na TV”, espetáculo que une teatro, dança e imaginação em uma homenagem criativa aos clássicos da telinha.

O encontro entre nostalgia e inovação acontece a partir desta quinta-feira,26 e segue até o dia 29 de junho, às 20h, no Centro Cultural Hermes de Paula,com apresentações de ballet, dança do ventre, jazz, contemporâneo, pole dance e muito mais.

O Norte conversou com Mara Meira David que dirige a Pássaro de Minas Escola de Dança e o Grupo Frutos do Norte.

O que inspirou o tema “Uma Noite na TV”?
A televisão é um espelho da nossa cultura, um palco onde dramas, comédias, aventuras e memórias ganham forma. O “Uma Noite na TV” surgiu justamente pela riqueza dessa linguagem – um universo vasto e nostálgico que permite um repertório diverso e afetivo. Foi uma escolha que abre portas para muitas narrativas, estilos e épocas, tornando a dança ainda mais acessível e envolvente para o público. Para tornar ainda mais especial, escolhemos a programação da TV brasileira.

Como foi o processo criativo para conectar dança e televisão?
Com uma equipe de 11 professoras, o processo começou de forma democrática, com a escolha coletiva do tema. A partir disso, mergulhamos em uma fase intensa de pesquisa sobre programas icônicos, séries marcantes, novelas, comerciais e trilhas sonoras que habitaram nossas telas e corações. Cada número foi criado para transformar a linguagem televisiva em movimento, traduzindo personagens, enredos e atmosferas em dança e cenas teatrais.

O que o público pode esperar da 13ª Mostra PDM?
Diversidade, emoção e muita criatividade. São quatro dias de espetáculo, com programação diferente a cada noite, reunindo estilos como balé clássico, jazz, dança contemporânea, dança do ventre, pole dance, teatro e técnica de pontas. Teremos desde crianças iniciantes até bailarinas veteranas e professoras em cena. O público pode esperar reencontrar suas memórias televisivas preferidas, revividas de forma surpreendente no palco.

Como a escola seleciona os estilos de dança e performances para o evento?
Todas as turmas da escola participam, representando as diversas modalidades que oferecemos. A Mostra é um grande encontro de gerações e estilos. O evento é construído para acolher e valorizar cada trajetória, respeitando o nível técnico e a identidade de cada grupo.

Quantos bailarinos e bailarinas estão envolvidos?
Cerca de 80 bailarinos participam, divididos ao longo dos quatro dias de programação. Cada noite tem um repertório diferente.

Como foi a preparação dos alunos para os diferentes estilos apresentados?
A preparação foi intensa. Para o pole dance, por exemplo, somos a única escola da cidade a realizar apresentações artísticas com essa modalidade, o que nos motivou a montar uma estrutura especial no palco do Centro Cultural com três barras de pole, garantindo qualidade e segurança. Ensaios regulares, ajustes coreográficos e apoio técnico fizeram parte de toda a preparação. Cada estilo exigiu atenção específica, respeitando as particularidades de movimento e expressão.

Qual número ou momento promete surpreender o público?
Há vários momentos especiais, como a Dança do Ventre revivendo a novela “O Clone”, o teatro com matérias jornalísticas que misturam humor e memórias afetivas, as crianças em coreografias fofas como Cocoricó, Chiquititas, Sítio do Picapau Amarelo... E claro, os números de pole dance sempre despertam aplausos e encantamento pela força e beleza envolvidas, ajudando a quebrar tabus.

Qual a importância de eventos como esse para a formação dos alunos da escola?
A Mostra é uma experiência transformadora. Mais do que dançar, os alunos aprendem sobre compromisso, empatia, expressão e superação. É um momento de troca entre gerações, de crescimento técnico e emocional. Subir ao palco é conquistar um espaço de voz e corpo, e isso impacta profundamente a autoestima e a formação artística de cada um.

Como a mostra contribui para a cena cultural local?
A mostra movimenta artistas, famílias, técnicos e o público em geral, ocupando um dos espaços culturais mais importantes da cidade. Além disso, ela valoriza a dança como linguagem artística acessível, plural e viva, revelando talentos e formando plateias.

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