Promovendo um diálogo entre a narrativa dos filmes e a vida dos moradores ribeirinhos do Velho Chico, o projeto Cinema no Rio, em sua quarta edição, percorre treze cidades norte-mineiras
Nesta quinta-feira, 23 de agosto, a comunidade de Itacarambi, cidade localizada às margens do rio São Francisco, a 236 km de Montes Claros, região norte de Minas Gerais, vai viver uma noite diferente, com a visita do projeto Cinema no Rio.
No dia 14 de agosto, a caravana Cinema no Rio ancorou em
Ibiaí, atraindo a atenção de toda comunidade
Realizado pela CineAr, o projeto e vem percorrendo treze cidades ribeirinhas em Minas Gerais, levando uma série de filmes longa e curtas-metragens, cuja característica principal é a brasilidade.
A edição desse ano começou no dia 11 de agosto, com sessão em Pirapora, depois foi para Buritizeiro, Ibiaí, Ponto Chique, Cachoeira do Manteiga, São Romão, São Francisco, Pedras de Maria da Cruz, Januária e, nesta quinta-feira, chega a Itacarambi, onde exibe os curtas de animação Iara, de Sérgio Glenes e O Boto, de Humberto Avelar, às 19 horas. Logo em seguida será exibido o longa-metragem Abril Despedaçado, de Walter Salles. Também será realizada uma programação especial para as crianças, às 15 horas, com a oficina infanto-juvenil Imagem em Movimento. Toda a programação é gratuita.
Na abertura da sessão, será exibido um filme feito com os moradores, que contam suas histórias de vida e falam sobre a cidade, suas lendas, suas riquezas, sua cultura e seus hábitos. A antropóloga Fernanda Oliveira, que faz parte da equipe do projeto, diz que é muito importante que haja o diálogo entre filme e espectador, e que esta inter-relação é bem latente no vídeo produzido e exibido em cada cidade visitada pelo projeto. Fernanda também ressalta a importância da identificação do espectador com os filmes exibidos, destacando o trabalho audiovisual realizado pelo cineasta mineiro Helvécio Marins, que também integra a equipe do Cinema no Rio 2007.
Segundo informações da assessoria do projeto, as comunidades visitadas mostraram grande expectativa em relação aos filmes e vibraram com a grande tela.
Com uma estrutura que inclui uma tela inflável de 10m x 7,5m, projetor 35 mm, processador dolby digital, lâmpadas de 3.000 watts e jogo de lentes, sistema de som que chega a 7.000 wats, 200 cadeiras, pipoqueira elétrica, com distribuição gratuita de pipoca para o público, durante 15 dias, o Cinema no Rio vem percorrendo um trecho, velho conhecido de tropeiros e bandeirantes, perscrutando um pouco mais da história desse Brasil, ainda desconhecido por muita gente.
A curadoria do projeto, formada pelo idealizador e coordenador Inácio Neves e pelo cineasta Helvécio Marins, escolheu quatro longas-metragens, quatro curtas em animação, três curtas em ficção e dois documentários de produção nacional.
Nos formatos de longa-metragem o Cinema no Rio 2007 vai exibir: Tapete Vermelho, de Luiz Alberto Pereira; Abril Despedaçado, de Walter Salles; Narradores de Javé, Eliane Caffé e O Ano que os meus pais saíram de férias, de Cao Hamburger. Os curtas-metragens programados são: Nascente, Helvécio Marins; Da janela do meu quarto, de Cao Guimarães; Cega Seca, de Sofia Federico; O fim e o princípio, de Eduardo Coutinho e Doutores da Alegria, de Mara Mourão, além dos curtas em animação da série Juro que vi, O Curupira e O Boto e Matinta Perera, de Humberto Avelar, e Iara, de Sérgio Glenes.
A bordo do barco Luminar, a expedição faz sua próxima parada em Matias Cardoso, dia 24 e encerra o trajeto em Manga, no dia 25. Toda a programação é gratuita e aberta ao público.
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CINEMA NO RIO – 4ª EDIÇÃO
11 a 25 de agosto de 2007
Rio São Francisco – Minas – Gerais – Brasil
Realização: CineAr
Patrocínio: Cemig, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura; Oi e Itambé, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura
Apoio: Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais/Governo do Estado de Minas Gerais