Será nesta noite lançamento de livros dos irmãos Xavier

Jornal O Norte
Publicado em 29/09/2009 às 10:45.Atualizado em 15/11/2021 às 07:12.

Michelle Tondineli


Repórter



Haverá três lançamentos de livros dos irmãos Xavier. O primeiro acontece nesta terça-feira, às 20h, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, no projeto Terça poética. O lançamento em Montes Claros vai acontecer sexta-feira, 02 de outubro, às 20h, no Centro Cultural Hermes de Paula. E em Francisco Sá, o lançamento acontecerá dia 09, às 20h, na câmara municipal.



(foto: XU MEDEIROS)


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Os irmãos Manoelito e Lipa Xavier na redação de O NORTE.



Os três livros são dos irmãos que publicam pela primeira vez, e fazem parte da coleção Dagobé, e possuem um modo de dialogar entre si. 



Manhã do arrebol, de Maria Luiza, é um livro de poemas modernos. O livro do Manoelito e do Dinamérico, O bóia fria, na verdade é uma longa história, é um poema só.  É narrado em verso e conta a história do boia fria e a sua relação com a natureza, o problema social, discussões sobre a questão ambiental, e do problema social. E Os olhos tristes de Ulisses, de Lipa Xavier, é um livro de contos, que não se prende a uma temática especifica; são oito contos que integram o livro, mas que, de certa forma, têm uma relação com os outros dois, conforme explica o próprio autor.



Segundo Manoelito, as histórias dos livros são diferentes, cada um tem seu tempo de produção. Ele e Dinamérico começaram a escrever em 1982, ficando quase pronto na época. Deixando parado e retomando no ano de 2008, acrescentando e tirando algumas coisas.



- O boia fria é uma história toda em verso, que pega o homem do sertão, a origem dele, e viemos trazendo, como é chegar na cidade grande, a problemática da família, e essa caminhada de ser um fio condutor, e viemos buscando dos lados tudo o que podíamos perceber. Retrata muito o desmatamento, as águas, o resgate do vocabulário do sertão. Ele é cômico, é político, tentamos trazer de cada coisa um pouco - afirma.



Lipa explica que já tinha o costume de escrever contos desde novo, sendo a forma com a qual gosta de se expressar.



- Eu tinha participado de alguns concursos de contos, no tempo da antiga Faculdade Fafil, e ganhei o primeiro lugar, participei de alguns organizados pela Fenai. E quando Anelito de Oliveira nos chamou para integrar neste projeto Dagobé, que envolvia outras coisas, e uma publicação de uma coleção de títulos. Eu peguei algum destes contos, uni com outros, e formei o livro, ele surgiu de uma idéia inusitada, conta.



Lipa ainda comenta que a publicação de um livro sempre gera problemas, mas que conseguiram superar bem.



- Para nós é como se fosse um parto, você se prepara e fica pronto. Mas no processo de preparação do livro gera alguns problemas, e a editora sempre cuida dos aspectos técnicos. Mas houve certa demora que foi com o aspecto financeiro, mas conseguimos nos superar, diz.



Manoelito simplifica que é ótimo os quatro irmãos estarem lançando os livros juntos, e que apesar de ser conto, poesia moderna e poesia popular, cada livro faz parte do outro pela vivencia.



- Somos de origem rural e colocamos muito a nossa experiência e crenças, costumamos dizer que par a vida se realizar temos que plantar uma arvore, ter um filho e escrever um livro. O filho eu já tenho, e acho que com a escrita do Bóia fria, vamos plantar muitas arvores, pois ele traz questionamentos importantes, completa.



Lipa ainda acrescenta que os autores tem uma região muito marcada pela oralidade, diferente da forma escrita.



- É o boca a boca que marca, com um texto marcado por essa oralidade. Algumas pessoas leram, e que apontarão qualidades e melhorias que pudessem ser feito, e espero que o publico goste como as pessoas. Ainda não temos pretensão de lançar outros livros, queremos aproveitar o momento destes e depois pensar nisso, finaliza.



OS AUTORES



Lipa Xavier é sociólogo e bancário por profissão, ex vereador, e secretário adjunto de cultura de Montes Claros. Manoelito Xavier é fundador do grupo Agreste, e este livro para ele tem ligação com tudo o que já fez. Sociólogo e compositor, tem várias músicas gravadas. Dinamérico Xavier sempre gostou de escrever, é bancário da caixa econômica federal e economista, mora em Belo Horizonte. Radicada em São Paulo há mais de três décadas, Maria Luisa Xavier já é conhecida no mundo das letras, sendo autora consagrada em concurso promovido pela Secretaria de Estado de Cultura de São Paulo. É jornalista e construiu sua vida em São Paulo.

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