Gosto da vida, que vida bela êh/mesmo quando o desgosto me encontra/com tanta luz de estrela, lua cheia e sol / banho de felicidade do jeito que eu sei...”. 

Esse é um dos trechos da canção “Vida Bela”, do cantor e compositor Jukita Queiroz. Cantar a beleza da vida tem sido difícil nas últimas semanas, em que o país vive a tensão da pandemia do coronavírus. 

Sem poder se apresentar ao vivo em bares e casas noturnas da cidade, Jukita tem buscado outros caminhos para manter a vida bela.

O compositor, cantor e professor tem investido tempo na docência, na área de educação musical. “Assumi nesse ano um compromisso no mestrado de Educação da Unimontes”, conta.

Para o músico, mesmo em tempos difíceis, é hora de aproveitar a quarentena para se qualificar. “Tenho lido excessivamente (algo que eu não tinha hábito) e escrito muito. Estou muito feliz pelo universo novo que adentrei”.

E para amenizar o desgaste, pois são muito trabalhos a serem feitos semanalmente, o professor diz que disposição é o que não falta. “A hora é de encarar os estudos e tenho aprendido muito sobre a minha área como docente. Acabo levando para minha vida como um todo”, diz.

Completar um mestrado geralmente requer muito tempo de estudo integral, mas relaxar é preciso. Quem toca um instrumento musical, por exemplo, faz do objeto seu xodó e companheiro inseparável, até mesmo nas horas mais difíceis. 

“O violão tem sido meu companheiro nos momentos que tenho necessidade de relaxar, pego e toco as músicas que sinto vontade”, afirma Jukita.

O músico também foi convidado para o Festival Fica em Casa. Mas não pôde aceitar o convite. “Infelizmente, não foi possível. Vendo meus amigos na ativa nas redes sociais, sinto vontade de fazer algo semelhante. Vou me programar para este domingo, no horário de almoço, fazer um ‘ao vivo’ daqui de casa para matar a saudade de tocar e, ao mesmo tempo, ter contato, mesmo que virtual, com as pessoas que apreciam meu trabalho”, anuncia.

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