Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo. São quatro tipos conhecidos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: Den-1, Den-2, Den-3 e Den-4.
Para abordar o assunto de uma forma interessante e lúdica, que chame a atenção das pessoas, a equipe do centro de controle de zoonoses de Montes Claros entra em ação com a peça teatral Luluzinha e a Dengue.
- São oito atores e todos foram treinados pelos professores de Artes da Unimontes, para saber como atuar. É um trabalho de grande relevância, pois tem como base principal o combate e prevenção à dengue. De forma lúdica, levamos a informação através do teatro para as crianças. Este trabalho acontece há dois anos e descobrimos que é uma excelente forma de transmitir informação sem ser rotineiro. Procuramos trabalhar a imagem do mosquito da dengue para fixar melhor - afirma o pedagogo Jean Santana, que interpreta o Aedes.
Segundo Jean, a história acontece em uma vizinhança e principalmente dentro da casa de Luluzinha, que mora com sua mãe.
- O mosquito entra na casa e, de uma forma elétrica, ele faz a festa. Sua animação vem da água parada nas plantas e nos pneus, lugar próprio para a sua moradia. Durante a trama, Luluzinha é picada pela dengue e, depois de uma semana, ela começa a sentir os sintomas da doença. Sua mãe não acredita e acha que é manha da criança. Somente quando a criança fica ardendo em febre, a mãe acredita e a leva ao médico, sendo diagnosticada pelo médico no posto de saúde a dengue - conta.
A peça aborda ainda as principais dificuldades encontradas pelos agentes de controle de zoonoses.
- Uma das coisas principais que mostramos no teatro e que infelizmente acontece é que muitas pessoas ainda falham na hora de receber o agente em suas casa, o tratam mal e estão sempre de mau humor. Na peça, a vizinha fofoqueira também tem a filha com dengue e isso vira uma discussão no bairro. A mãe da Luluzinha também recebe o agente mal, e isso é realmente triste. O agente sanitário sempre está uniformizado e usa o crachá do serviço para a boa recepção. Não adianta só uma pessoa fazer o trabalho de prevenção, porque o combate aà dengue é coletivo - diz.
O mosquito da dengue é interpretado por Jean; a Luluzinha, interpretada por Sérgio da Silva; o agente de saúde, por Gilberto Ramalho; a vizinha fofoqueira é interpretada por Toni da Silva; a mãe da Luluzinha é interpretada por Jussimira Silva e Vinicilson interpreta o médico.
- Este trabalho vai da criança ao adulto, mas, por a criança ter uma melhor percepção, investimos nela. É gratificante quando nosso trabalho é reconhecido e bem representado, pois tem uma redução da dengue. O público é exigente e no momento em que ele assiste várias vezes a mesma peça perde a graça, então, com o passar do tempo, realizamos uma mudança na fala e nos personagens - conclui.
A agenda do teatro da dengue está aberta para a temporada de 2º semestre. Para contratar o teatro da dengue gratuitamente, basta que as escolas ou comunidades entrem em contato com o centro de controle de zoonoses e solicitem a peça, pelo telefone (38) 3229-3360. (M.T)
