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Segunda-Feira,15 de Setembro

Samba Trio de Bocaiúva se apresenta em empório de Moc

Jornal O Norte
Publicado em 22/07/2009 às 11:07.Atualizado em 15/11/2021 às 07:05.

Michelle Tondineli


Repórter



A banda Samba Trio está com apenas seis meses de existência e já vem se preparando para inovar o espaço musical de Bocaiúva. Composta por Helinho Brant (pandeiro), Marcílio Diniz (violão e voz) e Hélio Carneiro, mais conhecido como Preto (surdo e tamborim), o conjunto está chegando em Montes Claros, onde se apresenta às quartas-feiras no Empório Canadá.



(fotos: DIVULGAÇÃO)


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Segundo o músico Hélio Carneiro, a banda se formou quando ele e seu pai conheceram Marcílio em Boc.



- Gostamos do som do Marcílio e naturalmente começamos a tocar sem compromisso. Foi ai que tudo começou a tomar forma, dando certo e resolvemos montar mesmo o trio - diz.



A BANDA



Começar em Bocaiúva e vir para Montes Claros é um investimento para o trio. Preto explica que ainda não existe o retorno financeiro esperado para cobrir as despesas de viagem. 



- Mas acreditamos em Montes Claros e na nossa música, semanalmente estamos no Empório Canadá. A semente plantada já esta desenvolvendo os primeiros ramos - comenta.



Preto ainda conta que o nome do trio foi selecionado em cima da apresentação em uma rádio na cidade de Montes Claros.



- Foi meio no susto, não tínhamos nome, e íamos tocar aqui em Montes Claros pela primeira vez, ia sai na radio e não tinha nome algum, foi o primeiro que veio a cabeça, e parece que combinou com a banda, sobressalta - diz.



A MÚSICA



O músico ainda explica que o samba foi escolhido por fazer falta no cenário cultural do Norte de Minas.



- O nosso samba é um bem tocado, de raiz, com grandes compositores no repertório, como Chico Buarque, Cartola, Noel Rosa, Paulinho da Viola. As músicas próprias estão sendo escritas pelo Marcílio. Ele é um grande compositor, e temos colocado algumas musicas dele no nosso repertório e todas são muito bem aceita. Quem sabe uma hora sai um cd do Samba Trio - diz.



ACEITAÇÃO DO PÚBLICO



Hélio revela que as pessoas têm comentado que estava faltando um pouco de samba na região.



- Algumas até se surpreendem ás vezes de ver o tipo de som que estamos fazendo, pelo fato de que na nossa região predomina mais o sertanejo, o forró o axé - diz.



O músico explica que o cover artístico sempre é um problema, muitas pessoas não gostam de pagar.



- Acho que o músico ainda é muito pouco valorizado, as pessoas às vezes esquecem que para o músico estar lá tocando, teve todo um investimento de estudos, te tempo, de instrumentos, e amor à música também, porque músico toca pelo amor - diz.



ESPAÇO MUSICAL



De acordo com Hélio, não dá para viver só de música, tanto que o Helinho é aposentado, o Marcílio trabalha em uma metalúrgica e ele é enfermeiro, mesmo não faltando oportunidades na cidade.



- Tenho visto muita música na noite montesclarence, oferecemos o samba trio e as pessoas querem nos contratar. Mas ainda acho que o músico em geral, não é muito bem valorizado, mesmo que o espaço exista e tenhamos facilidade em estar nele. Além disso, conseguimos bons amigos músico que estão dispostos a nos ajudar a abrir novas portas - diz.



FILHO DE PEIXE PEIXINHO É...



O percussionista ainda explica que toda semana o Helinho e o Marcílio precisam se deslocar de Bocaiúva para Montes Claros, para realizar os shows.



- Eles vem de Bocaiúva, voltam tarde, gostam mesmo do que estão fazendo, mesmo que o investimento ainda saia caro - explica.



O percussionista ainda fala que para ele tocar em uma banda com o pai é muito bom. Ele conta que é filho do Helinho, “filho de peixe peixinho é”.



- Para mim é uma coisa muito boa tocar com meu pai, sempre o acompanhei quando dava, ele tocou muitos anos na noite de Belo Horizonte e nunca imaginei tocar com meu pai Esta sendo bom demais, é uma escola, porque ele é um grande músico, e com uma vasta experiência musical na noite, conta animado.



Helinho Brant fala que para todo o pai é extremamente prazeiroso tocar com um filho.



- Não só pelo fato de estar tocando, que já é um ato de muito prazer, mas, somado a isso, ter a parceria de um filho, numa viagem pelos meandros de uma melodia ,f ato reservado a poucos, é indescritível. Mas, sem dúvida, um grande prazer - diz.



Ele ainda fala que espera poder continuar com este projeto.



- Tocar muito, divertir muita gente, levar o samba para as pessoas, porque “quem não gosta de samba, bom sujeito não, é ruim da cabeça, ou doente do pé”, realiza a rima - diz.



AGENDA



Toda quarta-feira o trio se reúne no Empório Canadá. Sendo esta quarta noite da caipirinha.

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