Restauração a todo vapor

Instituto Histórico e Geográfico prevê para o fim do ano entrega da sede revitalizada

Manoel Freitas
O Norte - Montes Claros
18/10/2018 às 06:56.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:18
 (MANOEL FREITAS)

(MANOEL FREITAS)

O sobrado do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros (IHGMC), no Corredor Cultural Padre Dudu, esquina das ruas Coronel Celestino e Justino Câmara, no centro histórico, teve os trabalhos de restauração intensificados. A previsão, de acordo com o presidente da entidade – o escritor, jornalista e historiador Dário Cotrim – é a de que os trabalhos sejam concluídos ainda neste ano.

“Temos 87 associados e a nossa intenção com o restauro é melhorar o estado físico do prédio, para ver se ele nos dá condição de ficar aqui com mais conforto e segurança”, diz o dirigente, acrescentando que “o estado de conservação é bom, mas temos de trabalhar sempre no sentido de preservar”.

O custo da obra não foi revelado, mas a despesa está sendo coberta pelas mensalidades dos associados e por doações dos membros.
 
SOB O MESMO TETO
O sobrado foi adquirido pelo município na gestão do então prefeito Ruy Muniz e cedido ao IHGMC no ano passado. Parte das instalações será ocupada pela Academia Feminina de Letras de Montes Claros, que, do mesmo modo, está promovendo a restauração, com o objetivo de passar a funcionar no Corredor Cultural ainda em 2018.

“Recebemos o sobrado em doação no ano passado e, em seguida, parte dele, com nossa anuência, foi repassada à Academia Feminina de Letras, o que agrega valor às atividades do centro histórico”, diz Dário.

Membro da Academia Montes-clarense de Letras, a historiadora e escritora Raquel Mendonça, uma das fundadoras do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Montes Claros, destaca a importância da obra.

O prédio foi tombado pelo município em 1999 e adquirido depois pela prefeitura “porque o então proprietário não tinha condições para recuperá-lo e manter a conservação”.

“Assim, o instituto deu início a intervenções emergenciais e pequenas obras de restauro ou restauração, seguindo rigorosamente as características arquitetônicas originais da importante edificação, sob a nossa orientação e acompanhamento, ponto a ponto”, diz.  

PRODUÇÃO
Dário Cotrim observa que, mesmo com as obras em andamento, o Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros mantém um bom volume de publicações, “o que o coloca como um dos mais atuantes do país”.

Como exemplo, lembra que de seis em seis meses publica livro de 150 páginas e, mensalmente, um informativo, bem como reeditou nos últimos anos vários livros e um catálogo de todas as revistas da entidade, além de um obituário “que traz imagens e informações de todos os associados que faleceram”.

O escritor destaca, também, o caráter regional do instituto, lembrando que há membros em várias cidades da região, em especial Porteirinha, Janaúba, Bocaiúva, Brasília de Minas e Januária, além de sócios correspondentes em Pirapora e Várzea da Palma.

Entre os colaboradores estão Terezinha Gomes Pires, viúva de Simeão Ribeiro, e Américo Martins Filho, que doou materiais para funcionamento no prédio do “Memorial da Imprensa Montes-clarense”.

No ano passado, o prédio histórico recebeu a “Biblioteca de Simeão Ribeiro”, que estava sem local onde pudesse ser reinstalada.

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