Isabel Lôpo*
Dias fora do ar, para produzir o que em outros poucos dias estará no ar, ou melhor, nas telas. Ainda Bastante emocionada, tentarei descrever o presente especial que ganhei de alguém que o céu usou como anjo transmissor.
Uma bolha da sétima arte instalada nos açores brasileiros, Navegantes, Penha e Piçarras nos recebeu de braços abertos por dias que, não foram poucos, mas voaram com o tempo. Na rua do castelo do Beto Carreiro World, está instalada a cápsula que nos acolhia a cada fim do dia de trabalho, não é à toa que se chama “Aconchego da Lái”, obrigada Laíse Pfeffer, a casa da árvore tornou-se nosso “signo”, linguagem de cinema.
Seres humanos loucos por produzir arte com a qualidade peculiar de cada envolvido no projeto cinematográfico “A Menina Que Construía Barcos”. De cara tive que explicar a um jornalista que a minha personagem não iria construir barcos e sim, seduzir alguns possíveis barqueiros. Trabalho árduo e em equilíbrio com a natureza.
Enquanto aguardavam o cessar da chuva, Dan Ferreira transformava a noite em dia. Ao cessar da chuva, por volta de uma da manhã, iniciava-se a gravação da última cena com takes do dia de acordo com o cronograma preestabelecido. Deixo para esta noite, os agradecimentos especiais aos vários motoristas que movimentavam a pista com suas curiosidades, imprimindo ares de pura realidade à cena.
Foi neste ritmo de trabalho que ficamos amigos e nos tornamos familiares uns dos outros. Rafael Orsi, Marcos Breda e Rithielly Grigório, contracenar com vocês é a jóia da caixinha do presente. Baixei CD completo dos Gipsy Kings, canções que inspiraram minha personagem. Obrigada Rith. Na prazerosa conversa com o Breda,tive a oportunidade de aumentar o conhecimento sobre como lidamos com a nossa energia e a energia dos personagens. Muito obrigada colega. Rafa, você além de grande artista, é inteligente e namora a Ana. Ana Paula Beling, sobre o CD já lhe disse, um luxo a parte. Lembra do banquinho do vídeo? Rolou uma mini cadeira linda, obrigada por compartilhar o conhecimento. Que Deus Continue abençoando suas mãos de mestre cuca Sr. Ademir. Carla Elgert, guria: aprendi prender o cabelo com a bandana e dividir os aposentos com você é coisa de irmandade. Cleiton Amorim, suas piadas são as melhores, pela criatividade e rapidez de pensamento, além do estilo astro do rock. Yuri, já ouviu alguém dizer o bordão “mil e uma utilidades”? Você, sempre disposto e a postos com sorrisos gratuitos. Nathália Paes, eu estou super confiante em seus clicks, obrigada.
Como foi bom poder voar com você, mesmo sem conhecer previamente toda sua perícia, Dênis Pinina. Você brilhou novamente, o chiclete foi uma sacada genial. E neste dia minha personagem usou peças da loja “Adoro” e hobby confeccionado pela estilista Silvana Reis. Stig, Bruna Aragão, Lorena Costa e Diana Martins, obrigada pela despedida surpresa e exclusiva, gostei. Simbolizou o que vivemos nesses dias. O que seria de meus figurinos sem os cuidados da Bruna Aragão?
Sobre a equipe técnica, deveríamos ter viajado juntos, teríamos tido mais tempo para as resenhas. Com a chegada de vocês, ouvi o primeiro estalar da claquete e o famoso “gravando”... Gabriel Mori com cara de “elite paulistana”, apelido dado por mim, captou todos os sons possíveis já que, o áudio sempre atrapalha tudo. Maycon Mota, para com você muito respeito e admiração. Obcecado por tudo que ama - família e imagens. Subiu, desceu, mexeu e virou o super-herói das câmeras. Stig sempre cuidando de tudo e todos, é o paizão ou no mínimo irmão mais velho da técnica.
Só um doido “corajoso”, como você Glauco Wiltemburg pode fazer tudo isso. Sonhar, pensar, escrever, planejar, selecionar e profetizar. Disse que um dia um diretor escreveria pra mim. Seu presente está no nível do “Taj Mahal”, com sua energia no centro de tudo, você ajudou a escrever muitas outras histórias de vida.
Encerro parodiando o saudoso Tim Maia, quando outubro chegar, eu quero estar junto a ti!
*Atriz e Cronista