Cena 1: Max Alencar, professor universitário da Fasi/Funorte e Doutor em Neurociências. Corta! Cena 2: Max Alencar, Produtor Cultural, compositor e cineasta. 

O que ambos têm em comum? São dois em um só. Neurociência é a matéria que estuda o cérebro e funções cognitivas. O objetivo dos neurocientistas é decifrar os comandos e as funções do cérebro, além de analisar comportamento e emoções humanas. Compor, escrever, dirigir, musicar e atuar são maneiras criativas de colocar em campo as emoções humanas, dentro ou fora da tela. E estes foram os dois caminhos escolhidos por Max para experimentar as nuances do seu espírito inquieto. Depois de reunir suas músicas em um álbum, lançado em 2022, ele acaba de compor uma canção em inglês, que vem acompanhada de um clipe.

A letra e a melodia seguiram pelo caminho comum aos pobres mortais, o da decepção amorosa. No entanto, a canção não se limitou ao amor romântico e seus lamentos. O videoclipe tem como mote uma vingança e, por ter sido criado próximo ao Halloween, época em que a fantasia aflora e a criatividade transborda, o Doutor, um colecionador de action figures, estátuas, bonecos e objetos que remetem ao clima de terror. Ele agregou todo esse material e criou um curta-metragem. Franquias de terror conhecidas, como Freddy Krueger, Zumbi, Resident Evil, Pânico e até a comicidade da Família Addams, não foram esquecidas nessa homenagem. A intimidade com o tema possibilitou a construção inicial, que seria apenas de um videoclipe, mas que resultou em um filme. 

“Quem é fã de terror vai conseguir identificar esses elementos. A história do clipe é baseada em um flagra de uma traição e o personagem principal, que sou eu como ator, planeja uma vingança contra essa namorada, que virou ex”, conta. 

A personagem que contracena com ele é interpretada por uma atriz da cidade de Salinas, ex-aluna de Max na pós-graduação e na neuropsicologia. Ao ajustarem as agendas, ela veio a Montes Claros para a gravação, que exigiu dos envolvidos um esforço múltiplo. Talvez o principal motivo seja o de ter que correr atrás e bancar a produção com recursos próprios. 

“Alugamos um Airbnb, gravamos cenas em vários locais da cidade como a pista de skate, o Parque Municipal e locais privados, como padaria, supermercado e restaurante. A parte de figurino, confecção do cenário, a gente fez de forma amadora mesmo. Eu, a atriz e equipe. Era um clipe, mas gravamos muito material que resultou no filme”, explica. 

O material está em fase de edição para cumprir todo o cronômetro que se exige de uma boa criação. Max busca agora o incentivo por meio da Lei Paulo Gustavo, em edital da prefeitura, para subsidiar o projeto. 

Este já é o seu terceiro clipe. Para compor ele leva apenas dois dias e conta com a parceria de Thiago Fonseca (produtor) e João Ribeiro (videomaker). A música do momento se chama “Living” e já está na plataforma digital Spotify. O clipe vai sair este mês. E o curta, em breve. Por ora, estão concluídas as imagens de teaser, de trailer, entrevistas e bastidores. 

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