Aconteceu na tarde da última sexta-feira, 24, no hall de entrada da Prefeitura, o lançamento oficial do livro “Montes Claros: Arte, Tradição e Fé”. O objetivo da obra, idealizada e produzida pela Secretaria Municipal de Cultura, é mostrar a diversidade cultural montes-clarense por meio através de fotografias e textos que cobrem mais de 158 anos de história do município. O livro conta, em 193 páginas, ricos detalhes da história de Montes Claros, desde a época em que todos se referiam ao local como “Arraial das Formigas”. A obra mostra a tradição, os avanços, o crescimento populacional, além da urbanização de Montes Claros, atualmente com quase 400 mil habitantes, segundo o mais recente censo.

A abertura do evento teve o Hino Nacional cantado pelo músico Marcos Paracatu. “Eu fiquei surpreso e emocionado ao saber que a minha história e a de outros artistas montes-clarenses e da região foram citadas no livro”, afirmou o músico. Para o secretário municipal de Cultura, Carlos Muniz, “o livro será de grande utilidade para as bibliotecas municipais”. Ele destacou que as pesquisas para a elaboração da obra foram realizadas pela Secretaria Municipal de Cultural durante dez meses, entre maio de 2014 e março de 2015. “É o passado e o presente se encontrando, juntos, neste acervo cultural”, finalizou.

O prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, explicou que as cinco mil cópias desta tiragem inicial do livro serão distribuídas para as escolas públicas, particulares e universidades da região, além de autoridades de passagem pela cidade e todas as pessoas que estiveram presentes na cerimônia de lançamento. “É um presente para as pessoas conhecerem nossa cidade”, afirmou. “Este livro é importante para que a nova geração conheça a história de Montes Claros, nos seus 158 anos”, disse a deputada federal e primeira-dama de Montes Claros, Raquel Muniz, que também participou do evento.

Durante o lançamento do livro, ocorreram apresentações musicais, uma delas com a dupla Maya e Boavista, e também de danças regionais, como a que foi feita pela 1ª Marujada, comandada pelo Mestre Tim, que afirmou: “[o lançamento do livro] é importante para resgatar e valorizar a cultura do Norte de Minas”.

Outro que destacou a importância do lançamento foi o já folclórico Mestre Zanza, chefe do 1º Terno de Catopês de Nossa Senhora do Rosário. “É uma beleza, bom demais. É coisa para guardar de recordação”, exaltou, do alto de seus mais de 80 anos, a grande maioria dedicados à cultura local. O Mestre João Farias, do 2º Terno de Catopês, também externou sua satisfação com a iniciativa: “é importante por causa da lembrança, para mostrar o benefício que a gente faz”.

A artista plástica Conceição Melo foi outra que elogiou o lançamento: “É uma ideia maravilhosa, que dá apoio e incentiva os artistas. Eu, como artista, me senti homenageada”. “A história de Montes Claros deve ser retratada de todas as formas para ficar marcada no futuro da cidade”, destacou a poeta Amelina Chaves. O poeta e idealizador do PSIU Poético, Aroldo Pereira, viu no lançamento “uma boa iniciativa, pois estes registros são importantes para a cidade que tem uma movimentação cultural muito grande. Este tipo de registro é importante para propagar o que se produz culturalmente em Montes Claros”.

Eu achei uma feliz ideia. E, plasticamente, é uma raiz que vai brotar, germinar e dar muitos frutos para Montes Claros”, disse a artista plástica Márcia Prates. Jason de Morais, repentista, poeta, compositor de cordel e tocador de berrante, ficou entusiasmado ao receber seu exemplar do livro. “É uma maravilha. Não é nota 10, é nota 11”, exclamou. “A iniciativa é a melhor possível, maravilhosa e necessária. O único jeito de divulgar a cultura e a história é o livro, que é permanente”, elogiou o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros e da Academia Montes-clarense de Letras, Wanderlino Arruda.