Dário Teixeira Cotrim
Colaboração para O NORTE
A secretaria municipal de Cultura e a Biblioteca Pública Municipal Antônio Teixeira de Carvalho apresentam, nesta semana de 27 de maio a 2 de junho, no Painel Permanente de Poesias Juca Silva Neto uma pequena mostra da poesia da saudosa deficiente visual, a pedinte Etelvina Maria de Jesus. Era a sua poesia, improvisada em versos de sete sílabas, utilizada para fazer agradecimentos aos feirantes do Mercado Municipal de Montes Claros (na Praça Dr. Carlos) pela oferta ali recebida.
Muita coisa de Etelvina se perdeu no tempo e no espaço. Não houve quem lhe gravasse as suas lamúrias, exceto o poeta cordelista Téo Azevedo que registrou, em livros, alguns de seus versos mais significativos.
Era a pedinte Etelvina uma pessoa querida na sociedade montes-clarense, principalmente pela classe social menos favorecida. Hoje, a memória de Etelvina é cultuada por todos aqueles que dedicam aos estudos dos nossos costumes e das nossas tradições. A cega Etelvina Maria de Jesus viveu quase cem anos (nasceu em 1905) e é considerada uma figura folclórica de Montes Claros.