Michelle Tondineli


Repórter

Durante o 23° Salão Nacional de Poesia Psiu Poético estão expostos na Galeria de Artes Godofredo Guedes poemas e objetos ligados ao cinema. A exposição teve início domingo, na abertura do evento, que acontece até o próximo dia 12.

O tema deste ano é Cinepoesia e o intuito é mostrar a invenção dos Gerais. De acordo com Aroldo Pereira, organizador do evento, o tema renova o movimento catrumano de identidade mineira, com a primeira igreja de Minas Gerais existente no Norte de Minas, mais precisamente em Matias Cardoso.

Galeria foi decorada com madeira


especial para o evento.

- A Cinepoesia é a invenção dos Geraes. E a renovação também ampla com que Montes Claros sempre tem apoiado o cinema, através dos cineastas como Alberto Graça, Beth Formagini, que sempre colocaram Montes Claros como foco. A produtora montesclarence Vânia Catani, no Rio de Janeiro, produziu o primeiro filme de Pedro Bial, calçada pela região através de Guimarães Rosa, e a ova geração, como Lara Araújo e Fernando Rodrigues, diz.

Aroldo Pereira, se mostra confiante nos resultados positivos e afirma que as expectativas podem ser superadas. A abertura foi feita pela Banda Sofia, com a presença de todos os homenageados e com participação maciça do público. Além disso acompanhando o Psiu poético a exposição na galeria de artes, mostra poemas e objetos ligados ao cinema.

- Alguns destes poemas são escritos por jovens das escolas da cidade, que concorrem como igual, sendo junto aos estudantes poetas. Alguns foram destacados para a exposição, e tentamos colocar um poema de cada autor, revela.

Segundo Aroldo, o programa Poesia Circular e a exposição de poemas acompanham o salão nacional de poesia há alguns anos.

- Este programa incentiva as crianças a se tornarem poetas, mostrando que eles participam de forma igual aos grandes poetas. É surpreendente o vigor encontrado nos jovens, ele pluraliza e fortalece a mente deles. É interessantíssimo, e os jovens possuem a oportunidade de visitar a galeria e se envolver, afirma.

Eventos do gênero do Psiu Poético, promovidos pela Secretaria de Cultura, servem para revelar a qualidade dos escritores montes-clarenses e norte mineiro, criando uma oportunidade rara para que exponham suas criações. Aroldo Pereira ainda fala que o Psiu poético surgiu através de um trabalho desenvolvido pelo grupo de literatura e teatro Transapoética.

- Neste ano o salão de poesia completa 23 anos de existência, surgido dos recitais realizados em praça pública, teatros, escolas, carrocerias de caminhão, cinemas, em praias do Rio de Janeiro e no metrô de São Paulo, explica.

Depois do primeiro começou a grande produção, de 40 poetas no primeiro, para uma dimensão nacional no terceiro. O coordenador do Psiu ainda explica que, todos os anos, o salão de poesia tem trabalhado com a ideia de reunir as pessoas em torno de um tema:

- Você não precisa ser especificamente poeta, só precisa ter o elemento poesia como matriz inicial da sua criação, para gravar um CD, um vídeo, um curta, um filme, uma performance poética, um trabalho de dança, simplifica.

Até o próximo dia 12 serão lançados os seguintes livros: Hoje, 07, “Caçador e Pescador em Desafio” de Jason de Morais e “Coisas da Vida”, de Olímpio Elton da Silva.

Dia 08, quinta-feira, “Dois Poetas e Uma Cidade”, de Cláudio Bento; “Homem Nu Vestido de Afeto”, de Delmídeo Macedo e “Eterno Instante”, de Mirian Carvalho.

Já dia 09, “Anjo - Retratos de Uma Paixão”, de Fábio Gonçalves; “Beije-me la Brasília”, de Nicolas Behr; “Campo Magnético”, de Gilberto de Abreu e “Restos de Saudade”, de Odila Placência.

Dias 10, 11 e 12, “Antologia Poética”, coordenada por Dário Cotrim; “Manhãs de Arrebol”, de Maria Luisa Xavier; “Árcade - Soneto e Fotos”, de Deusdeth Rocha; “Poetas em/cena 3”, de Rogério Salgado e Virgilene Araújo; “Pátria Que Pariu e Outras Poesias”, de José Edward Lima; “Vamokivamo Enquanto Tamo”, de Marcelo Cavalliere e “Bóia Fria”, de Manoelito Xavier e Dinamércio Xavier.