Pianista e arranjador musical é parceiro de ídolos como Djavan

Um dos mais requisitados músicos do país participa de turnê em MOC

Adriana Queiroz
20/08/2019 às 06:54.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:04
 (Vicky Louise/divulgação)

(Vicky Louise/divulgação)

Montes Claros viveu intensa efervescência cultural no fim de semana. Destaque para as Festas de Agosto, de um lado da cidade, com participação do cantor e compositor Beto Guedes, e, do outro, o show do também cantor e compositor Djavan, no Parque de Exposições. 

O produtor musical Paulo Calasans veio à cidade, integrando a equipe de Djavan. Em sua bem sucedida trajetória musical, Calasans participou de vários projetos nacionais e internacionais, com uma infindável lista em que constam trabalhos com Beto Guedes, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Torquato Mariano, Arthur Maia, Marco Bosco, Romero Lubambo, Randy Brecker, Richard Bona, Rodney Holmes, entre outros. 

O artista foi também maestro de espetáculos como “Tributo a Tom Jobim” (2003) e “Senna in Concert” (2004), tem participações em álbuns ganhadores do Grammy Americano e Latino e discos de ouro no Brasil. Aproveitando sua vinda a Montes Claros, na parceria com Djavan, Paulo Calasans deu uma entrevista a O NORTE.
 
Conte um pouco dessa sua parceria com Djavan, que você acompanha há tanto tempo e com tanta competência. 
Meu trabalho com Djavan começa lá em 1988. Foi a primeira vez que a gente fez uma turnê, que ele me convidou, enfim, começamos a trabalhar. Tem sido muito bom estes anos todos. Parei de tocar há alguns anos, de fazer show na verdade, por problemas familiares, e voltamos a nos encontrar em 2010-2011. Ele me ligou e queria montar de novo a banda com que a gente tinha trabalhado antes. É sempre muito prazeroso.
 
A turnê ‘Vesúvio’, de Djavan, passa pelas principais cidades brasileiras e pelo exterior. Como está a agenda de vocês?
Vamos para a Europa em outubro, com uma série de shows pela Grã Bretanha, França, Espanha, Itália, enfim, vamos viajar bastante.
 
Como você avalia os novos valores que a música brasileira nos apresenta hoje em dia? Se possível, destaque pelo menos dois novos músicos que lhe chamam a atenção?
Não vou falar dois, porque são muitos. Não quero aqui esquecer de algum. Pela minha idade, já passei por esse processo da MPB algumas vezes. Tem hora que esse pop, ou seja, a música do momento, da moda, se sobrepõe a todas as outras, a todas as riquezas musicais brasileiras. Acho que agora estamos passando por uma fase um pouco assim, em que os novos compositores brasileiros não fazem tanto uso da harmonia, nem da melodia e nem da poesia. Mas acho que isso é circunstancial e é uma fase, como já aconteceu antes. A música brasileira vai continuar rica e vamos voltar a ter nos rádios as músicas com qualidade melódica, harmônica e rítmica. Enfim, sou sempre otimista com o Brasil.
 
Montes Claros é a terra de Beto Guedes. Vocês já trabalharam juntos, não é?
Gravei um disco com o Beto, “Dias de Paz”. Para mim, foi extremamente emocionante, porque acompanho a carreira do Beto há muitos anos. Conheço todos os sucessos, passei muito da minha juventude tocando as músicas deles. Coincidentemente, ele me chamou para gravar três músicas. Acabei gravando o disco todo. Esse disco era só um com todos os sucessos dele. Me esbaldei! (risos). Foi uma experiência maravilhosa. Acabei de me encontrar com ele, chegando do almoço. Foi muito bom encontrar esse gênio da música brasileira.
 
Que sentimentos afetivos você tem em relação a nós, que o acolhemos aqui em nossa terra? Esse é um show, na verdade, um presente esperado por todos nós há muito tempo. 
É um show com vários sucessos do Djavan. As músicas novas, tem coisas surpreendentes que a gente não toca em qualquer lugar. 

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