Há dois anos o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, unidade de Januária, com apoio dos municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, iniciou os trabalhos integrantes do plano de manejo de adaptação do sitio arqueológico do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, estruturando e adaptando a unidade para visitação pública.

Segundo o analista ambiental, Rafael Pinto, as obras de estruturação serão entregue até o final deste ano. Algumas edificações estão em fase final de conclusão, sendo as instalações dos Centros de Visitantes, Janelão, Casa de Pesquisa e Cavernas do Peruaçu. Em 2015, o Parque recebeu, para finalidades específicas de pesquisas e afins, 2,9 mil visitantes.

Cidade polo do Vale Médio do São Francisco, Januária esta se preparando para a inserção do município na rota do turismo ecológico potencializando, assim, sua aptidão natural.

O Sítio Arqueológico do Peruaçu, um dos maiores, mais completo e exuberante patrimônio da humanidade, com 6,8 mil hectares, localizado na zona rural, comunidade de Fabião, e nos municípios de Itacarambi e São João das Missões, até então restrito aos ambientalistas e pesquisadores, está sendo preparado, com todos os cuidados e planos de manejo, para a visitação pública. Uma iniciativa compartilhada com o objetivo de inserir a potencialidade socioeconômica do turismo na região.

O Parque, segundo levantamento, terá capacidade para até 320 visitantes por dia. Entre as várias atrações, as grutas do Janelão, Silu, Rezar, Boquete e Desenho se destacam, oferecendo aos visitantes momentos únicos de contemplação do que há de mais belo proporcionado pela ação da natureza em toda a sua magia e mistérios.  

Um patrimônio geológico e arqueológico, formado pela diversidade das características naturais do cerrado, floresta estacional e mata atlântica, compondo a fauna, flora, recursos hídricos e demais atributos bióticos e abióticos da exuberante paisagem. Entre as espécies animais se destacam o Lobo Guará, Cachorro Vinagre, Tatu-Bola, Tamanduá Bandeira, Onça Parda e Pintada. Nesta obra prima da natureza, há indícios de presença humana, entre 11 a 12 mil anos atrás, por meio de esqueletos, cerâmicas, pinturas que indicam o cotidiano dos ‘paleoíndios’.