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Sexta-Feira,14 de Novembro

Para metaleiros, Moc é uma cidade artística mas falta valorização

Jornal O Norte
Publicado em 06/08/2010 às 10:27.Atualizado em 15/11/2021 às 06:35.

Os músicos de Montes Claros e região estão sempre procurando espaço para trabalhar e realizar shows. Com a Gory Stage não é diferente. A banda no momento aguarda o resultado das bandas que participarão do Metal Moc.



Segundo Duton Dabrane, de um modo geral, a arte na cidade é difícil. Para ele, seriam necessários  reconhecimento e valorização do público, além de um investimento adequado.



- O público vai ao evento e às vezes meia dúzia acaba atrapalhando, achando que rock metal é bagunça. Mas, para a banda chegar ao evento é preciso trabalhar muito, procuramos sempre comprar o que há de melhor e nem sempre agrada a todos. O público acha que as bandas sempre são renumeradas e não é assim. A maior ajuda que tem não é só o espaço. Às vezes, os 10 reais que recebemos nos ajudam a pagar algum material. Nós procuramos fazer música de qualidade para todos. Às vezes, só o transporte para irmos ao evento já ajuda bastante. Temos que ter uma educação do público do que é rock, da cena e de como funciona - diz.



João Ribeiro afirma que é comum em Montes Claros as bandas de fora  receberem cachê e hospedagem, mas os realizadores do evento acabam se esquecendo das bandas locais.



- Isso tem que melhorar. As bandas devem se valorizar e dar a cara a tapa para ralar e fazer música de qualidade, evoluir como músico.  Acho que a reflexão dos organizadores de eventos e do público é fundamental para a nossa evolução. O público às vezes não quer pagar 3 reais para valorizar a banda, mas paga uma cerveja. Acho que todos podem curtir juntos. Acredito que as bandas podem falar isso em seus shows, de trabalhar esta parceria, acredita - afirma.



Para Duton, a cultura da cidade é um pouco errônea.



- Hoje em dia, quem curte punk briga com quem gosta de heavy metal, e vice-versa. Sempre acreditei nestas misturas, mas é necessário ter uma maturidade conjunta, não só das bandas e dos organizadores, mas do público também. Talvez com palestras e grupos de estudos, exibição de documentários sobre o rock, o trash, como começou, essa evolução da música. A raiz do trash está no hardcore e no punk, e eles se esquecem disso - finaliza.

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