Michelle Tondineli
Repórter
A banda de samba Papo de Butiquim procura mostrar a linguagem do Brasil nas músicas. Formada por Rosanna Versiani Pacheco no vocal, João Vitor na guitarra e vocal, Édina Souza e Daniel de Morais na percussão, a banda pretende em 2010 gravar o primeiro CD próprio.
De acordo com a vocalista, a escolha do nome da banda não foi fácil.
- A nossa ideia era fazer de tudo, um pouco de todos os estilos, e terminar no samba. O que mais nos lembrava samba era o butiquim e existe uma música que chama Conversa de butiquim, que era o que eu queria. Daí o João deu a ideia de papo. Por que não Papo de Butiquim? E acabou pegando - diz.
Escolher o estilo musical a ser tocado foi o mais simples, de acordo com Rosanna.
- A ideia foi encaminhando pelas nossas influências. Eu sempre tive dificuldade em cantar na noite e conheci o João através de uma amiga da noite e começamos a cantar. Quando estávamos indo mais à frente, o João perguntou se eu não conhecia uma percussionista, convidei a Edinha. Aí tínhamos um show marcado no Empório Canadá. No final do show, o Daniel pediu para tocar com a gente e completou o grupo - afirma.
Édina Souza afirma que a percussão de Daniel veio só a somar no grupo.
- Como não temos bateria, o som ficava perdido. E com o Daniel só melhorou. Quanto ao nosso norte de samba, é uma preferência de todos, foi meio que surgindo. No início tínhamos receio de não ter público e agora descobrimos que o povo está carente disso - diz.
Com show fixo toda quarta-feira no Terraço, Daniel, que é o ligeirinho da banda e conhece muita gente, afirma que a apresentação traz novos projetos.
- Ainda temos alguns planos em andamento e a ideia é gravar músicas próprias. Temos os dois vocalistas como compositores e queremos agilizar isso. Nós vamos tentar fazer um material próprio, gravar e tocar para valer -finaliza.
Outras informações na comunidade do Orkut Papo de Butiquim.
MÚSICA E SAMBA UNEM O GRUPO
O grupo Papo de Butiquim é composto por músicos que foram, desde pequenos, musicalmente influenciados pelos pais, tios, primos. O que une o grupo é o samba, estilo escolhido por todos.
Para Rosanna Versiani, a escolha do repertório sempre deve acontecer com todos os membros do grupo.
- Eu tenho a influência do samba, mas meus pais tocavam em baile e eu ouço de tudo. Sou muito eclética mesmo. Edna é mais do chorinho, Daniel e João são mais rock. Eu já cantei em grupo folclórico e em banda de rock - diz.
Edna diz que sua família é muito ligada ao chorinho e ela participa também.
- O que veio somar na banda foi essa influência do chorinho. Meus pais sempre gostaram desse estilo. Isso é um diferencial. Assim como Daniel dá uma pegada forte na percussão, a minha é mais fraca, porém, com a mesma desenvoltura - afirma.
Rosanna diz que a família de sua mãe gosta muito de Clara Nunes e de samba rock.
- Era o sonho da minha tia já falecida cantar. E também tem a parte de gostar do Brasil. O que é manifestação brasileira, eu tô dentro - diz.
Seguno o guitarrista João Vitor, além do estilo, o compromisso com o trabalho também une o grupo.
- Mesmo quem trabalha em outras áreas não larga a música. Cada um sempre procura acrescentar mais ao grupo e valorizar nosso trabalho. Viver só de música é complicado. Eu já vivo disso há algum tempo, dou aulas de música pela internet. Em Montes Claros, se você não tiver uma banda disposta a correr atrás você não consegue - finaliza.
Mais informações com a empresária do grupo, Rosa Maria, pelos telefones (38) 3221-9890 e (38) 9934-9192.