Os Dantes lutam por espaço no mercado

Jornal O Norte
Publicado em 20/04/2010 às 11:25.Atualizado em 15/11/2021 às 06:26.

Michelle Tondineli


Repórter



O som dos Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd, Bob Dylan, Chuck Berry, Credence, Led Zeppelin, John Lennon, Barão Vermelho, Raul Seixas e outros grandes músicos faz parte do repertório da banda jovem Os Dantes.



Formado por Thiago Vanderlei no vocal e guitarra, Paulo Junior no baixo e gaita, Jorge Duarte na guitarra e Matheus Alcântara na bateria, o grupo procura desenvolver o melhor do rock antigo.



- Fomos ouvindo e gostando do som, e aí encontramos a música que queríamos. Juntamos as influências de cada um e vamos tocando o que é a nossa cara. Fazemos uma divulgação mais boca a boca, porque ainda não temos shows fixos - afirma Paulo Junior.



Há três anos no mercado, a banda se chamava Alienígenas.



- Como trocamos a formação da banda, passamos a chamar Os Dantes, que significa de antes. Fazemos um estilo diferente do que é encontrado na cidade e que quase não tem aqui. Quando tocamos percebemos que muitas pessoas gostam e queremos fidelizar o nosso público. Não realizamos shows em casa noturna por não termos um repertorio acústico, e muitas casas não aceitam bateria. Ainda não gravamos o CD porque não temos dinheiro suficiente. Nossos shows foram poucos e ainda não conseguimos juntar. Queremos melhorar nossas apresentações, com mais ensaios, aumentar o repertório e ficar em um nível melhor - afirma.



BANDA BUSCA PATROCÍNIO PARA GRAVAÇÃO DE CD



Os Dantes buscam apoios e patrocínios para gravação do primeiro CD.



- O problema é que não sabemos o lugar correto onde pedir o patrocínio. Estamos também esperando novos shows para juntar este dinheiro e realizar bons trabalhos. O ultimo show que fizemos teve boa repercussão e o grupo já esta cobrando - diz.



O baixista comenta que o ideal é buscar novas divulgações e novo espaço para shows.



- Outro problema que encontramos, além de divulgação, é ensaio. Ensaiamos apenas uma vez por semana, pela nossa questão de horário e desencontros. Nosso repertório sempre é a gosto de todos, nós juntamos o que queremos. Já pensamos em fazer shows fora de Montes Claros, mas queremos primeiro conquistar os fãs daqui. Montes claros é uma cidade grande e queremos ter nosso público fixo - afirma.



O guitarrista Jorge Duarte acredita que o espaço musical para bandas é restrito.



- É difícil você conseguir se socializar com os grupos. Acho que é um pouco fechado, sempre com os mesmos músicos. Nenhum de nós tem formação musical do conservatório. Não que não seja interessante estudar teoria, mas temos outra visão do que queremos. Já queremos chegar e tocar, juntar os amigos - afirma.



Thiago lembra que já são três anos, novas formações, e a banda precisa  crescer cada vez mais.



- Aprendemos a tocar sozinhos, assistindo os outros, e tentamos entender como faziam os sons. A experiência no conservatório foi curta, eles passam mais teoria, e nos já queremos ir direto à prática - diz.



Jorge fala que sempre que um quer uma música, por respeito, o outro também toca.



- Tem músicas que não são ruins, mas não agradam a todos. Vamos sempre revezando - conta.



Thiago diz que as músicas de Raul Seixas sempre estão no repertório e costumam ser as mais pedidas.



- Já deixamos Raul em nosso repertório. Procuramos tocar antes das pessoas pedirem, para surpreender e agradar a todos mesmo. E tem músicas que não sabemos e vamos deixando de lado, ou explicamos que não sabemos. Talvez, se já tivéssemos um CD gravado, seria mais fácil mostrar o nosso trabalho e conseguir patrocínio, destaca.



Para Jorge, a chave para o sucesso da banda podem ser as novas casas de shows que estão surgindo.



- Acho que novas casas de shows vão ser a nossa porta de entrada. Isso é o que mais divulga bandas - diz.

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