Música e teatro se unem em um só evento

Jornal O Norte
Publicado em 10/03/2010 às 23:11.Atualizado em 15/11/2021 às 06:23.

Michelle Tondineli


Repórter



A palavra teatro significa uma determinada arte, bem como o prédio onde é realizado as apresentações. Para unir o teatro e a música, o grupo de teatro “Os 10 +” retorna ao palco do Centro Cultural Hermes de Paula, nesta quinta-feira, 11, às 20h30, com o lançamento do cantor de MPB Júnior Câmara, seguido do espetáculo: “Como é que é?”, “Sete Minutos” e “O profeta do espanto”.



De acordo com o ator Diógenes Câmara, o projeto cultural é inédito, e esta sendo preparado a um bom tempo.



   (FOTOS MICHELLE TONDINELI)


nullDiógenes Câmara confia no amor ao teatro.



- Estou lançando meu filho como cantor, e mesmo indo para o palco, estarei na platéia o aplaudindo, o estilo musical dele é MPB. Depois entro com um show teatral, com os espetáculos “Como é que é?”, “Sete Minutos” e “O profeta do espanto”, totalizando 50 minutos, explica.



Diógenes fala que ficará o tempo todo assistindo ao show de seu filho da platéia, e ele mesmo lançará a frase do “Como é que é?”.



- Quando surge o sinal para começar a peça, ela não começa. Eu continuo na platéia, e ai da platéia, crio casos com a frase “como é que é” não vai começar o espetáculo?  Vou realizando perguntas sobre a demora e desrespeito, questionando que quero meu dinheiro de volta, quando pergunto quem é o responsável pelo evento, aparece outro ator, que vai explicando o problema de atores e me pede para subir ao palco, revela.



Câmara conta que aceita o pedido para subir no palco, e pede cinco minutos para se preparar.



- Em sete minutos, o ator tenta apresentar uma peça utilizando uma frase que começa com ‘A vida’. Mas sempre tem alguém na platéia que o perturba,  impedindo que ele possa concluir a frase. Com isso, o ator revoltado, começa a reclamar da qualidade das apresentações e do péssimo apoio do público. Saindo com raiva do palco. O que leva mudar o espetáculo para “o profeta do espanto”, no qual, o personagem é um palhaço, que tinha muito sucesso e arrancava gargalhadas, mas depois de um tempo ele não consegue mais nenhuma risada e começa a luta dele para ser outra pessoa, destaca.



O ator conta que o cenário é simples, uma mesa e cadeira, como se fosse um camarim.



- O cenário é livre. É um camarim de reclamações. Inicialmente a figurino é como um rei, logo depois é um figurino normal e por último um nariz de palhaço e um óculos.  Do segundo pro terceiro quadro eu não saio de cena, afirma.



Com a agenda sendo preparada para novas apresentações, Diógenes diz que ainda sim é difícil o cenário cultural na cidade.



- Desde que me entendo por gente, quem faz teatro aqui em Montes Claros é por amor a arte. Você vê que são dois shows e estou cobrando 10 reais e tem gente que acha caro, estou trabalhando. É muito difícil, mas eu vou levando, faço porque gosto. Eu acho que o incentivo a cultura deveria ser maior, as empresas deveriam financiar um espetáculo. Fizemos um espetáculo do A anta o lobo mal e os três porquinhos, gravamos o DVD e toda ajuda para comprarem para seus filhos é valido. Muitas vezes preferimos pagar com nosso sacrifício os cartazes e cenários, do que se humilhar pra receber tão pouco, finaliza.

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