Na oportunidade o vice-governador de Minas aprovou, a obra de restauração do ‘Casarão da Fafil’, de Montes Claro, onde serão resgatadas as características da época da sua construção, concluída em 1889. O edifício está sendo totalmente recuperado para receber o nome de Museu Regional do Norte de Minas, obra implantada pela Unimontes-Universidade Estadual de Montes Claros, com recursos viabilizados junto a empresas, através da “Lei Rouanet”, com o apoio do governo de Minas.
O projeto de restauração do Casarão da Fafil e de implantação do Museu Regional do Norte de Minas está orçado em R$ 1.077.674,66, sendo R$ 400 mil liberados através do programa ‘Cemig Cultural’, e outros R$ 677.674,66 disponibilizados pelo Instituto Oi Futuro, da empresa Telemar Norte Leste. As empresas fizeram as doações com base na “Lei Rouanet”, sendo firmados convênios com a participação da Fadenor - Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas.
O reitor da Unimontes, Paulo César Gonçalves de Almeida, destaca que o projeto permite à Universidade - contribuir com a preservação da memória regional, tendo sido decisiva a contribuição do Governo de Minas no sentido de viabilizar não só a restauração do Casarão da Fafil como a implantação do Museu, sonho acalentado há vários anos pela comunidade regional, sendo importante enaltecer o apoio recebido do governador Aécio Neves, do vice-governador, professor Antonio Augusto Anastasia, da presidente da Servas, Andréa Neves da Cunha e da secretaria de Estado de Cultura.
Os serviços estão sendo realizados por empresa especializada em restauração, contratada por intermédio de licitação, incluindo as áreas de carpintaria, marcenaria, serralheria, pintura (externa e interna), reboco e recuperação do assoalho e madeiramento, além das escadas e rodapés, iluminação e instalações elétricas e sanitárias.
ACERVO
O Museu Regional do Norte de Minas vai reunir um grande acervo documental, fotográfico e material sobre a história da região, que está sendo catalogado pela Unimontes, por intermédio da pró-reitoria de Extensão. O objetivo é que o museu sirva também como uma referência para pesquisas sobre o processo de ocupação e desenvolvimento dos municípios norte mineiros, abrangendo várias áreas do conhecimento.
O local contará, ainda, com diversos espaços temáticos. A arquiteta Clarissa Neves Oliveira esclarece que não haverá nenhuma mudança na estrutura física do Casarão da Fafil, a não ser as intervenções nas redes hidráulica e elétrica, nas instalações sanitárias para atendimento aos portadores de necessidades especiais e no sistema de segurança contra incêndio. “Na verdade, o museu é que será adequado ao sobrado”, diz a arquiteta.
Ainda dentro da proposta de resgate das características do edifício, serão eliminadas todas as obras de ampliação (anexos) que foram feitas no terreno, já que não têm a característica histórica. Com 407 metros quadrados, o espaço ao fundo do prédio será revitalizado com jardins, anfiteatro e um espelho d’água, a fim de que possa ser usado pelos visitantes do museu.