Michelle Tondineli


Repórter

Montes Claros é uma cidade rica em arte e educação e vai ganhar em breve, da superintendência de ensino, o Museu Vivo da Educação Norte-Mineira. De acordo com uma das coordenadoras do acervo, Maria Luiza Meira, o museu vai guardar e registrar a memória dos educadores do Norte de Minas.

- Temos, por exemplo, um sino Dolabela, que foi doado pela escola Maria Luiza de Fátima, da cidade de Bocaiuva, temos um piano da professora Cristina Vasconcelos, uma sala de aula com carteiras antigas; temos globos, uniformes de época, carteiras, diplomas, documentos, canetas, uma lousa que veio da cidade de Grão Mogol, tinteiro, a história da alfabetização, os pré-livros, as cartilhas. Temos bastante material - diz.

O Museu Vivo contará com quantidade reduzida do material que tem no Museu da Escola de Minas Gerais.

- O maior acervo que temos é o prédio, que tem toda a história da região, é onde foram resolvidas questões políticas. E ele é parte do patrimônio histórico. Irá passar por uma grande reforma, sem deteriorar o que era antigamente e mantendo o original. Depois vamos começar a selecionar as salas. O 1º andar é o museu no 2º e 3º andares funcionarão setores da superintendência - afirma.

Para Luiza, o museu não é só contemplativo, pois pretende preservar a memória da educação e dar uma atividade para os professores aposentados.

- Eles podem vir aqui como voluntários e amigos, além de ser uma grande fonte de pesquisa e de estudo para a cidade e região, que é um polo universitário, podendo contar com uma videoteca e biblioteca com o acervo da época. Os alunos vão vir e conhecer as coisas da época, as poesias, cadernos de aulas. A escola que quiser fazer uma exposição temporária em comemoração a determinado tempo de escola também pode vir aqui e expor - diz.

Todo o material foi doado pelas escolas de Montes Claros e pelos professores.

- Um dos doadores foi o professor Juvenil, que doou os cadernos de plano e fotos da época. Ainda não temos um número contabilizado de quantas peças temos no acervo, ainda estamos organizando isso. O museu vai preservar a memória de como foi o caminho da educação, é esse caminho que mostra a evolução das pessoas. Um desses documentos é o que Alfredo Cotrim, que era diretor do ginásio, mandou para a mãe de Darcy Ribeiro falando sobre a disciplina dele. É através disso que nós descobrimos onde direcionar o aluno, não confundir disciplina com inteligência. Tudo isso é uma fonte de pesquisa e de estudo - finaliza.

Para conhecer o acervo do museu, basta agendar um horário na superintendência de ensino pelo telefone (38) 3201-2418.