Montes Claros sedia encontro nacional de bateristas - Coordenado pelo baterista Marco Neves, o encontro acontece no dia 12 de maio e traz o baterista Daniel Oliveira, que ministrará workshop no Centro Cultural Hermes de Paula
Adriana Queiroz
Repórter
Marco Neves coordena o 4º Encontro Nacional de bateristas em Montes Claros, evento que acontecerá no dia 12 de maio, no Centro Cultural Hermes de Paula. Um dos convidados é Daniel Oliveira, considerado um dos melhores bateristas brasileiros da atualidade, que retorna a Montes Claros.
O baterista Marco Neves, coordenador do 4° Encontro Nacional de Bateristas de Montes Claros
Durante o evento haverá um workshop com duração de duas horas, onde o baterista responderá perguntas do público, além de distribuição de brindes, como baquetas, peles de bateria, entre outros.
- O objetivo é divulgar o instrumento musical, a bateria, inserir Montes Claros no circuito nacional de encontros de bateristas e proporcionar o intercâmbio entre os bateristas do Norte de Minas e de outras cidades brasileiras. Essa é quarta versão dos encontros nacionais de bateristas. O primeiro foi em 2002 com a participação de dois grandes bateristas brasileiros: o Alaor Neves, de São Paulo e o Daniel Oliveira de Brasília-DF. No segundo, tivemos a participação do baterista Mauricio Leite de São Paulo, muito reconhecido no meio. Em 2004, recebemos em Montes Claros o baterista Rodrigo Nogueira, de Brasília-DF, baterista da banda de rock da Syang - conta.
MARCO NEVES
O músico nasceu em Montes Claros e é o quarto filho de dona Luiza e de seu José das Neves Correia. Em seu MP3 não falta nunca música instrumental, jazz e MPB.
Marco começou a tocar bateria aos 15 anos. Tem uma estima especial por Carlos Bala, baterista do Djavan, João Barone dos Paralamas e Charles Garvin dos Titãs.
- Essas são algumas referências da minha época, hoje são outras - diz Marco que também é professor e fundador do curso de bateria no Celf.
Haja fôlego! O rapaz é mestre em música pela universidade federal da Paraíba, pós-graduado em Arteterapia em Educação pela universidade Cândido Mendes do Rio de Janeiro, graduado em Educação Artística com Licenciatura plena em Música pela Unimontes, professor do curso de Artes/Música da Unimontes e professor da universidade do estado da Bahia.
Marco iniciou seus estudos musicais em 1985, em Montes Claros e se profissionalizou em 1989, gravando os primeiro discos da banda de rock Virna Lisi, de Belo Horizonte, além de artistas regionais.
Foi líder do nipe de percussão da Orquestra Sinfônica de Montes Claros durante os anos de 2002 a 2004 e participou do lançamento de CDS como do compositor e músico Tino Gomes, do músico Warleyson Almeida, André Águia, entre outros.
PERSONALIDADE
Pois bem. Se você encontrar Marco em algum lugar, não venha com conversas fúteis. No máximo você ofereça ao músico um convite para pegar um cineminha.
Se você está pensando em presenteá-lo, compre um CD de música instrumental, música clássica. E suas cores favoritas são preto, azul e vermelho.
Para ele, o conservatório estadual de Música Lorenzo Fernandez é mais do que uma escola especializada no ensino de música.
- Na verdade, é uma referência onde pude desenvolver minha prática pedagógica como professor e instrumentista. É uma referência, para Montes Claros, Minas Gerais e para o Brasil – avalia.
Uma das apresentações mais importantes para o baterista foi a abertura do show de Titãs, em Belo Horizonte.
- Participei com a banda Virna Lisi e também no Pop Rock Brasil junto com grandes bandas como Pato Fu, Barão Vermelho, Paralamas e Skank. Isso na década de 90 e mais recentemente as apresentações com a Tribo do Jazz - diz.
Sobre sonhos e desafios ele diz que pretende continuar tocando bateria, vê o filho crescer, (que também tem o seu nome) e dá um conselho para quem está começando a tocar bateria.
- Eu acho que primeiro é ter foco, objetivos claros, estudar profundamente um instrumento, ser persistente e não desistir da profissão de músico, apesar das dificuldades no Brasil.
Sobre segredos ou exercícios, para quem quer trilhar esse percurso, ele diz que o bom mesmo é manter o estado físico e emocional bem equilibrados. O baterista diz também que seu foco é lecionar no Celf e nas universidades, contudo, continuará tocando com alguns artistas. Mas não dispensa boas pedaladas pela cidade e claro, namorar...
