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Domingo,16 de Novembro

Montes Claros recebe banda de funk

Jornal O Norte
Publicado em 15/05/2010 às 10:35.Atualizado em 15/11/2021 às 06:29.

Michelle Tondineli


Repórter



A casa Fora do Eixo traz neste fim de semana a Montes Claros a banda Manolos Funk, de Belo Horizonte, formada por Marcelo Sponchido no baixo, Fred Berli na bateria, Ricardo Ulpiano na guitarra e backing vocal e Tchululu no vocal.



Segundo o vocalista Tchululu, a banda se chama Manolos Funk para homenagear as tiras da Mafalda, com o personagem Manolito, que é bem engraçado.



- É uma brincadeira, já que o Manolito é um capitalista nato que se dá bem em cima de tudo. Hoje, como fazem das bandas um produto, brincamos com esta questão. Além disso, o funk, por ser um ritmo suingado, quente, e Manolos por ser um nome latino, é uma associação interessante na proposta sonora da banda - diz. 



O baterista Fred Berli conta que a banda surgiu em 2004 e foi idealizada por ele, Marcelo Sponchiado e Tchululu.



- A ideia é fazer um som que recicle o funk, que teve suas origens em James Brown e passou por modificações nas décadas de 80/90 com o funk metal.  Ou seja, o objetivo é renovar as próprias raízes sonoras e criar um conceito novo que nós chamamos de ultra funk - afirma. 



Tchululu diz que no show em Montes Claros serão apresentadas 11 músicas autorais.



- Outras estão em fase de conclusão. Podemos dizer que temos cerca de 15 músicas. Fazer música autoral é permitir experimentações sonoras que têm como base sonora o funk, mas que possa dialogar com qualquer estilo sonoro e sentimentos, rock, grunge, ambientação, silêncio, energia, introspecção, críticas e poesia - diz.



A banda não tem empresário. Os próprios integrantes gerenciam a carreira.



- Isso não se dá só pela necessidade, mas sim pela capacidade individual dos integrantes. Além de músicos, na nossa formação tem jornalistas, produtores e produtores editoriais, enfim, a banda praticamente é uma produtora. Profissionalizamos o máximo possível nosso trabalho. Além disso, contamos com a co-produção de Gel Santana, formada em produção de eventos, que trabalha para a banda também - afirma Tchululu.



Os ensaios do grupo acontecem na Toca dos Manolos, que, segundo Fred, é um espaço fundamental para o desenvolvimento musical da banda.



- Chamamos o nosso estilo de ultra funk. Sempre é difícil rotular seu próprio som, assim, achamos melhor criar o nosso próprio estilo, já que o som é muito híbrido, permite comunicar com vários estilos sonoros. São 11 músicas autorais, por isso, a banda trabalha bastante a produção artística para que os shows sejam interessantes em todos os sentidos. Desde figurino, até colocação dos músicos no palco e a formação do repertório - afirma. 



MANOLOS FUNK LANÇA DEMO



A banda Manolos Funk, que se apresenta sempre na segunda quarta-feira do mês na casa Botecando, já lançou a primeira demo. Fred Berli conta que o CD foi gravado com qualidade profissional.



- Gravamos o Ep Manolos Funk com cinco músicas. Para os objetivos atuais, que é a própria divulgação, acreditamos que as cinco faixas do disco revelam bem qual é a proposta da banda. Para mudar o espaço musical é necessário profissionalismo e união. Sem dúvida nenhuma, são os pontos mais importantes.  Não só internamente, mas nas relações com o mercado musical e suas diversas características - diz.



O disco tem um conceito auto-sustentável. A capa é feita de papelão recolhido em supermercados e nas ruas e o processo de produção é feito pela própria banda. Isto vem unir a ideia de fazer um funk reciclado, contemporâneo, que é a proposta musical dos Manolos. De acordo com Tchululu, é possível viver de música nos dias de hoje, é uma profissão como qualquer outra.



- É necessário muito trabalho, organização e trabalhar sempre de forma coletiva, com parceiros, outras bandas, coletivos culturais, para que se consiga ter sucesso. Vale ressaltar que sucesso não é necessariamente fama e sim realização profissional - afirma.



O vocalista acredita que o mercado musical sofre transformações a todo momento. 



- Hoje, percebemos novas propostas de mercado diferentes do modelo antigo, em que as gravadoras dominavam tudo. Redes coletivas, como o circuito Fora do Eixo, são algumas das opções que vêm mais dando certo. O fato é que hoje, na música, nada se consegue sozinho. Para você chegar em um lugar, é necessário trabalhar em prol da cena. Parcerias são necessárias para apresentar seus shows em vários lugares e construir seu público. Isso às vezes demora, mas só assim é que se constrói uma carreira sólida - conclui.



Outras informações com a produtora Gel Santana (31) 8758-9544 / 9837-0258 / (31) 3024-2592 ou myspace.com/manolosfunk e twitter/manolosfunk

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