Montes-clarense é destaque internacional na dança contemporânea

No palco sua criação artística não tem limites. O silêncio se mistura com o movimento do corpo. Cada passo, expressão, deslize de pés e mãos ganham vida, em um processo que o bailarino montes-clarense José Artur Campos transforma em arte

Jornal O Norte
Publicado em 04/12/2015 às 08:06.Atualizado em 15/11/2021 às 16:14.

No palco sua criação artística não tem limites. O silêncio se mistura com o movimento do corpo. Cada passo, expressão, deslize de pés e mãos ganham vida, em um processo que o bailarino montes-clarense José Artur Campos transforma em arte. Uma verdadeira interpretação de sentimentos, vivência e experiências do mundo real, jogados no palco e na tela.
 
Profissional do ‘coreocinema’, José Artur vive nas relações e transições entre o cinema e a dança. Suas produções (e porque não inquietações) ganham cada vez mais destaque internacional. Morando em Portugal desde 2006, José tem se destacado com sua virtuosidade. “Eu tenho uma espécie de fascínio pelo gênero fantástico. Por isso acabo por ver o mundo de uma forma diferente, a propor algo novo, que não existe. A dança e o cinema tornaram minhas ferramentas e plataformas de expressão. Mas, a inspiração vem de onde? Vem de tudo que eu vejo, sinto, toco, pesquiso, como, amo, faço e sou”, destaca.
 
Em um constante processo de crescimento da sua arte, José Artur divulga agora seu novo trabalho, o curta metragem de dança ‘Meia-de-leite’ (indicado como melhor filme português no Festival de Cinema Internacional do Porto - Fantasporto - 2015). O curta, de dança contemporânea, é o encontro de cinco pessoas em um café, na cidade do Porto (Portugal). Elas possuem vidas diferentes, fazem percursos diários diferentes, mas se encontram neste ponto, no café.
 
Segundo o bailarino, a ideia é “procurar entender porque o cotidiano é tão estético visualmente, mas como muitas imagens passam desapercebidas”. Nas imagens, os movimentos do dia viram coreografia. “Porque os movimentos cotidianos são tão repetidos e como algumas profissões (escolhas de vida) condicionam o corpo a reproduzir movimentos mecânicos e não conscientes?”, questiona José Artur.
 
Ainda neste mês, José Artur retorna à sua terra natal. O Formigueiro é parceiro das ações do ator e trabalha para a realização de apresentações na região. Desembarcando como “estrangeiro” em Montes Claros, a expectativa é exibir sua arte e, porque não, criar em solo Norte Mineiro. “No fundo estou sempre a buscar espaço. A busca de espaço é uma constante criativa. E tenho me classificado estrangeiro como perfil. Onde for, sinto-me estrangeiro”, finaliza.

Compartilhar
Logotipo O NorteLogotipo O Norte
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por