Poesia para interpretar cotidiano e sentimentos

“Meus escritos orbitam entre poesias e contos”, afirma autor montes-clarense Georgino Neto

Adriana Queiroz
26/04/2022 às 00:09.
Atualizado em 26/04/2022 às 11:13
 (SILVANA MAMELUQUE)

(SILVANA MAMELUQUE)

O processo de escrita do livro “Poesia Ainda que à Tardinha”, do montes-clarense Georgino Neto, lançado recentemente no Festival Literário do Autor Montes-Clarense (Flam), é o resultado de uma coletânea de poemas e contos publicados nas redes sociais, na página do projeto literário do autor, intitulado “Tabacaria”. São escritos produzidos ao longo de três anos. 

Formado em Educação Física, com mestrado e doutorado em Estudos do Lazer, Georgino atua como professor efetivo na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

“A rotina da minha escrita não segue um padrão regular. As poesias têm uma produção mais frequente, quase diárias. Já os contos são desenvolvidos ao longo do tempo, com o amadurecimento de uma ideia que guia a narrativa do conto”, explica.

Para o professor e escritor, o principal desafio da escrita reside na complexa tarefa de interpretar o cotidiano do mundo e os sentimentos pessoais, expressando-os de forma concisa numa narrativa poética. 

“Meus escritos orbitam entre poesias e contos. À medida que vou escrevendo, faço um processo de seleção e filtragem antes de publicar, depois vou organizando para uma coletânea que possa originar um novo livro”, revela.

Ao todo são três livros acadêmicos. De poesia e contos apenas o que foi lançado no Festival Literário do Autor Montes-Clarense.

“Os livros acadêmicos se restringem às pesquisas que desenvolvo na universidade, notadamente sobre futebol e lazer. Já o livro de poesias e contos trata de uma leitura poética que faço sobre o mundo a partir do meu olhar, e também uma reflexão intimista ligada a sentimentos pessoais”, diz.

Sobre as redes sociais, Georgino diz que elas cumprem hoje um papel fundamental para o escritor. 

“Tenho dito que a maior editora do mundo se chama Facebook. Publico diariamente meus textos e interajo sempre com os leitores, que sempre dão importantes feedbacks, afirma.

Já com relação ao mercado editorial, ele considera que hoje está mais amplo e acessível. 

“De todo modo, em especial para novos autores, ainda é um desafio publicar livros no Brasil, em razão dos custos e das dificuldades de divulgação e distribuição”, diz.

Para os próximos projetos, a ideia é manter uma regularidade de publicação (inclusive já tem mais um livro de poemas e contos pronto). 

“A meta é de um livro a cada dois anos, se possível”, conta.

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