Michelle Tondineli
Repórter
As mandalas podem ser utilizadas como decoração ou instrumento para o desenvolvimento pessoal e espiritual. A confecção de uma peça desta envolve um sutil e harmonioso equilíbrio. O encontro com as cores, a expressão dos números, formas e símbolos mágicos e sagrados levam ao natural encontro de paz e harmonia. É uma atividade que favorece a reflexão, a criatividade, a intuição e a expressão artística pessoal. Para o artista Fabrício Mendes Galavoti, toda mandala é uma viagem ao desconhecido.
FOTO MICHELLE TONDINELI
Fabrício Mendes: - Toda mandala é uma
viagem ao desconhecido.
- Faz dois anos que comecei a trabalhar com mandala. Aprendi pela televisão, vendo uma vez. Peguei a manha e fui aperfeiçoando cada vez mais, aprendendo a história dela, as origens, códigos e cores (cartas entre alquimista). Mas, eu desenho de verdade há oito anos. Aprendi lendo os quadrinhos, é um dom. Trabalhar em casa só ajuda, na calma, a hora que eu quiser. Porque a vontade e inspiração vêm na hora, é imprevista, contando com a ajudinha de uma chill out (estilo de som) e um incenso - afirma.
Fabrício conta que tem trabalhando com mandalas de vidro e de acrílico, além de estampas em camisas artesanais, além de grafitte, telas, tatoo em festas infantis e outros.
- Dizem que Montes Claros é a cidade da arte e da cultura, deve ser porque tem muitos artistas. A concorrência é demais, o que acaba desvalorizando a arte. Acho difícil viver de arte, porque trabalho com um produto místico e muitas pessoas não sabem do que se trata, para que serve e o que significa a mandala. Dá para produzir cerca de duas peças no dia. A inspiração vem de Deus, é mágico. As mandalas variam de R$ 30 a R$100, já a camisa é R$ 30 - afirma.
Os materiais usados nas mandalas são vidro e acrílico, verniz, vitrais, cristais, penas, tudo fácil de arranjar.
- Eu gosto de pinturas surreais, abstratas e modernas. Gosto de imagens psicodélicas. Às vezes na roda de amigos, no garoto pulando corda, no pião rodando, nos olhos de uma garota, se analisar, tudo isso tem um meio e gira um círculo, são mandalas. O artesanato, de uma forma geral, é uma integração entre os povos, é cultura e terapia. Juntamos uma comunidade e fazemos amigos, e, o melhor, é uma forma de ganhar a vida. As pessoas quando enxergam uma arte mostram certo brilho nos olhos. Afinal, quem não adora a arte, antes arde do que tarde - finaliza.
Fabrício expõe na feirinha de artesanato, aos domingos, das 8h às 13h. Mais informações: (38) 9179-2324 ou (38) 3212-4658 ou fabriciogalavoti@hotmail.com.
