Mais uma alternativa de cinema de qualidade

Jornal O Norte
22/08/2008 às 16:35.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:41

Samuel Fagundes


Repórter

O Cinema comentado que antes era exibido somente aos sábados na Sala Geraldo Freire agora também terá uma sessão no domingo, no Serviço Social do Comércio o Sesc. O projeto é uma parceria do Cinema comentado com o Sesc e a Programadora Brasil.

Elpidio Rocha é um dos coordenadores do Cinema comentado, ele explica que serão sessões de sábado e de domingo serão distintas. Prioritariamente no domingo vai se trabalhar com a produção nacional e com os filmes da Programadora Brasil, que é uma parceria com ministério da Cultura que disponibilizou uma série títulos de longa e curta metragem de filmes brasileiros para serem exibidos em lugares específicos. O Sesc recebeu esse catalogo da Programadora Brasil e em parceria com o Cinema comentado, foi estabelecido o cine Sesc.

Segundo ele a idéia é oferecer ao publico opões diversas de filmes, para que efetivamente eles possam ter um cardápio cada vez mais variado e atraente para consumir tipos diferentes de filmes.

 - Na realidade você está ampliando o acesso das pessoas, o Cinema comentado era uma sessão especifica, e agora tem outro espaço, permitindo às pessoas que não podem ou não querem se deslocar ate à sala Geraldo Freire, a opção de um outro espaço onde eles vão estar assistindo filmes de qualidade tão representativa e interessante quanto os que estão passando na sala. È parte de um projeto de expansão para permitir cada vez mais que o publico e as pessoas se informem e curtam os filmes que são exibidos – afirma Elpidio

Ele conta que o Cinema comentado está centrado em dois pontos principais; A democratização do acesso a produção cinematográfica de qualidade e a formação de um publico critico.

- O Cinema comentado existe para que as pessoas possam ter a oportunidade de assistirem e discutirem filmes que eles não encontram normalmente ou não encontram de maneira alguma no circuito comercial tradicional. São aquelas produções que ficam a margem da produção do cinema de entretenimento, e do cinema de grande bilheteria, de grande sucesso e de grande marketing -  conta.

Elpidio diz ainda que ao apresentar para o publico esse tipo de produção, a intenção é que as pessoas fiquem cada vez mais críticas e mais conscientes do sentido de que o cinema é uma expressão artística, é uma manifestação cultural e efetivamente ele se presta muito bem para  a transmissão de uma serie de mensagens, inclusive mensagens ideológicas. Por isso carro chefe do Cinema comentado é a defesa do cinema nacional, a exibição constante de filmes brasileiros, sua discussão constante sobre o que é o cinema brasileiro e quais os caminhos que o cinema brasileiro enfrenta desde o seu inicio até os dias de hoje.

O consagrado formato do cinema comentado será mantido. Antes do filme se faz uma pequena apresentação sob o que vai ser exibido e após a exibição há uma bate papo com a platéia sobe o que foi exibido e qualquer duvida sobe o filme apresentado ou sobre o cinema brasileiro pode ser esclarecida..

O coordenador explica que todos os filmes são exibidos dentro de mostras, que privilegiam determinados assuntos. Existe uma temática central e esse tema de um jeito ou de outro está amarrado em todos os filmes que serão ou que foram exibidos. 

O Cinema comentado Cineclube - Ponto de Difusão Digital/MinC acontece em Montes Claros sempre aos sábados, na Sala Geraldo Freire (ao lado da câmara municipal) com entrada franca, e conta com o apoio da secretaria municipal de Cultura. Neste sábado,23, encerra-se a mostra "O Documentário Brasileiro" com a exibição do premiado filme “A pessoa é para o que nasce”.

E no domingo, 24, começam as sessões do CineSesc a partir das 16h com a exibição do longa-metragem Tapete vermelho (2005).

O Salão de Convenções do Sesc - Pousada Montes Claros -  está localizado na Rua Viúva Francisco Ribeiro, no centro da cidade (Ginásio do Sesc).

A PESSOA É PARA O QUE NASCE (2003)

Acompanha o cotidiano de três irmãs cantoras e cegas revelando suas curiosas estratégias de sobrevivência, da qual participam parentes e vizinhos. A história de Maria, Conceição e Regina traz, também, uma reviravolta inesperada: o efeito do cinema na vida destas mulheres, transformando-as em celebridades.


       


O filme é um exercício importante na estética do documentário. O diretor Roberto Berliner, para fazer um trabalho mais completo sobre as "três ceguinhas de Campina Grande", mostra um envolvimento afetivo com as personagens e suas características "especiais". Esse envolvimento transparece em diversos níveis: Na linguagem "romantizada" da narrativa ou na convivência do diretor com "as meninas" em quatro períodos desde os anos 1980.

TAPETE VERMELHO (2005)

Comédia que narra a "saga caipira" de Quinzinho para cumprir uma promessa muito especial: levar seu filho à cidade para assistir a um filme do Mazzaropi. Nessa odisséia por cidades do interior paulista, eles encontram peculiaridades regionais e passam por várias situações inusitadas. Mazzaropi é um dos grandes comediantes do cinema brasileiro, mas, entre a nova geração de espectadores, poucos conhecem sua importância em nossa cultura. Tapete vermelho é a forma que o diretor Luiz Alberto Pereira encontrou para perpetuar e evidenciar a influência e o trabalho desse comediante na cultura brasileira.


           


De uma forma bastante sensível, Tapete vermelho é um road movie que narra o "causo" de um caipira que quer fazer algo que, para ele, parece ser mais simples do que realmente é. Com toques de crítica social, Pereira resgata a cultura popular brasileira, valorizando a música sertaneja e o folclore de uma forma evidentemente apaixonada.


    


Com elenco perfeito, cujo destaque maior é a brilhante interpretação de Matheus Nachtergaele (como Quinzinho), e de forma despretensiosa, Tapete vermelho é capaz de divertir e comover na medida certa, tornando-se uma simpática homenagem ao cinema de Mazzaropi. ( Fonte Ascom Cinema comentado)

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