Músico montes-clarense, Ananias Neto se dedica ao clarinete desde os 9 anos de idade

Adriana Queiroz
Repórter
10/08/2021 às 23:25.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:39
 (DIVULGAÇÃO)

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No ano em que o Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandes (Celf) celebra 60 anos, alunos têm se destacado nos diversos segmentos da arte. Um deles é o montes-clarense Ananias José da Silva Neto, de 33 anos, que há cinco reside em Bom Despacho, no Oeste de Minas.

A história de Ananias com a música começou quando ele tinha 9 anos, ao se interessar pelo som instrumental. Iniciou, então, os estudos do clarinete, na Congregação Cristã no Brasil, e musicalização no Celf.

O instrumento escolhido foi a flauta doce, ao qual se dedicou por três anos. Mais tarde voltou ao conservatório para estudar o clarinete. 

“O Celf foi e sempre será a minha casa. Tenho muito a agradecer ao conservatório, educandário que há 60 anos ininterruptos forma alunos nos mais diversos segmentos da arte. É uma honra ter sido aluno e professor dessa instituição”, conta.

Ananias participou de inúmeros grupos musicais do Celf, como a Orquestra Sinfônica de Montes Claros, Big Band Dionisíaca, Instrumental Antonieta Silvério, Grupo de Cordas Lorenzo Fernandes.

Na Unimontes, foi integrante do Coral Universitário, Roda de Choro, Estações Musicais e Acadêmicos do Samba. Foram muitas apresentações ao longo dos anos com esses grupos, com destaque para as apresentações das obras Suite Quebra Nozes (Orquestra Sinfônica de Montes Claros); Missa e Réquiem de Mozart, Oratório Messias de Haendel, Réquiem de W. Webber, Ópera Cavalaria Rusticana de Masccane.

“Participei de nove festivais de música clássica, sendo dois enquanto coralista do Coral Universitário da Unimontes e sete como músico instrumentista. Destaco apresentações de obras como Sinfonia n° 9 do Novo Mundo, A Dvorak; missa em D de padre José Maurício Nunes Garcia. Em toda profissão, temos sonhos, e isso não é diferente para o músico. Tocar ao lado de grandes músicos, obras de importante conceito, como a 9ª sinfonia de Dvórak (Novo Mundo) e ainda participar da montagem de uma ópera, tal como a Cavalaria Rusticana, é uma alegria inigualável, uma realização profissional”, diz Ananias.

E a música, inclusive, levou Ananias a ingressar na Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), onde toca clarinete.
 
DESAFIOS
Quanto aos próximos desafios, o músico disse que o estudo musical é inesgotável, por isso espera sempre evoluir para levar emoção aos mais distintos públicos. E nos dias de hoje, tem se reinventado através das redes sociais. 

“O mais bacana desse período foi poder tocar e realizar gravações com amigos, mesmo distante – eu em Bom Despacho e eles em Montes claros”.
 
INCERTEZAS
Com relação à pandemia, o músico diz que foi um ano e meio de incertezas e inseguranças e o medo transformou a vida de todos. Foi preciso reinventar enquanto pessoa e também como músico. 

“As atividades culturais como um todo foram canceladas e proibidas de acontecer para que se evitassem aglomerações. Não foi diferente nas ações da PMMG, que seguiu as orientações das autoridades sanitárias. Fomos deslocados para serviços externos, mais especificamente para o controle e fiscalização de aglomerações. Mas, neste tempo, não deixei de estudar meu instrumento”, revela. 
 
SOBRE ANANIAS
O músico tem graduação em Artes/Música pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), cursou ainda três anos no bacharelado em clarineta pela UFMG, sob a orientação do professor dr. Mauricio Loureiro.

Deixou o curso na UFMG pela metade para ingressar na Polícia Militar de Minas Gerais como especialista músico, instrumento clarinete.

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