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Quinta-Feira,13 de Novembro

Louca para atuar

Jornal O Norte
Publicado em 17/02/2011 às 10:45.Atualizado em 15/11/2021 às 17:22.

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Adriana Queiroz


Repórter



Rita de Cássia Maia Gusmão nasceu em São João da Ponte, norte de Minas Gerais, é filha de Terezinha e José Maia Gusmão. A atriz veio para Montes Claros aos 13 anos e, aos 15, ingressou no grupo de teatro Fibra, dirigido por Terezinha Lígia, companhia que em 2010 celebrou 30 anos.



Com o grupo, Rita Maia participou de vários espetáculos, atuou em várias festas com o Telegrama Animado, um esquete de humor, em que atores interpretam personagens divertidos.



Anos seguintes, ela precisou dar um tempo, casou-se, teve filhos, mas sempre retornava ao grupo.



Em 2007, Rita passou no vestibular da Unimontes e graduou-se em Licenciatura em Artes/Teatro.



Na universidade, a atriz participou de vários projetos de extensão e peças teatrais, entre elas: Exercício nº1 sobre o Catrumano, um espetáculo que fala sobre o movimento Catrumano, texto baseado na tese de doutorado do professor Joba Costa, com direção de Nelson Bambam, montes-clarense que reside em Belo Horizonte.



- Ele vinha sempre a Montes Claros para dirigir o espetáculo - recorda.



Rita Maia também atuou na peça A Casa de Bernarda Alba, texto do espanhol Garcia Lorca. A direção ficou por conta das professoras Solange Sarmento e Efigênia Alkimim.






DIA A DIA



Um dos desafios enfrentados pela atriz é conciliar a vida artística com a vida pessoal.



- Em Montes Claros não é nada fácil, precisamos sobreviver. Sobra pouco tempo. Tanto na música como no teatro, é necessário, acima de tudo, dedicação. No momento, estou precisando trabalhar e, ao mesmo tempo, louca para atuar - diz Rita.



Para 2011, a atriz diz que está na expectativa de realizar um trabalho novo com o grupo Olho de Gato.



- O Olho de Gato nasceu no Conservatório de Música Lorenzo Fernandez, hoje é independente. É presidido pelo ator e produtor Rodrigo Silva e dirigido pela professora Miriam Walderez.






DESAFIOS



Sobre os desafios da carreira e o público que vai cada vez menos ao teatro, até por falta de oportunidade, ela diz:



- O público de um modo geral gosta muito de teatro e o grupo Fibra tem boa aceitação. O que acontece é que o norte-mineiro não tem hábito de ir ao teatro. A mídia divulga outro tipo de coisa. E aí tem a televisão... Tínhamos a Casa do Tambor, era um espaço interessante. Lá funcionavam oficinas de percussão e tantas outras coisas. Mas a cultura sempre fica relegada a terceiros planos. Para você ter uma ideia, Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, é pura efervescência. Lá tem três grupos de teatro e Festival Nacional de Teatro. Aqui em Montes Claros, não existe respeito com o artista, estamos abandonados - diz.



Neste ano, Rita Maia participou do espetáculo Medeia, com direção do professor Paulo Henrique.



- Foi um espetáculo de formatura, no espaço Fibra, no Bairro São João, que ficou pequeno para o público - conta.



Para os próximos anos, Rita diz que está com ideias e projetos de espetáculos de cenas curtas, além de ministrar oficinas de teatro para crianças e adolescentes.



- Estou buscando parcerias, ajuda neste projeto. Quero também fazer uma pós-graduação - completa.



A atriz finaliza a conversa, destacando o trabalho da encenadora Terezinha Lígia.



- É ela que cuida de todo o conjunto do espetáculo.


 

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