Livro de escritor de Montes Claros vai para as telonas

A obra conta a história do januarense Capitão Mota

Jornal O Norte
Publicado em 21/12/2016 às 07:00.Atualizado em 15/11/2021 às 15:43.

Christine Antonini
Repórter











Capitão Mota” é o terceiro livro do
escritor Herbert Frota
Foto: José Maria Correia


 

O escritor montes-clarense, Herbert Frota lançou este ano o livro “Capitão Mota: Herói para sempre”, que conta a história da jornada do januarense, José da Mota, que representou o povo barranqueiro nos campos de batalha do Velho Continente durante a II Guerra Mundial. O enredo despertou interesse do cineasta Denis Curi, que levará a história do livro para as telonas do cinema, com o filme “Monte Castelo”.

A obra “Capitão Mota: Herói para sempre” é o terceiro enredo de Herbert, que publicou dois livros de poesias, “Fragmentos” e “Marcas do Tempo”.  Segundo o escritor, a história do “pracinha” (como eram tratados os soldados que lutaram na Segunda Guerra Mundial, na Itália, deveria ser contata, pois ele representa muitos jovens que deixaram a terra natal e a família para lutarem em terras estrangeiras, contra as atrocidades do nazi-fascismo, onde muitos morreram para defender a paz mundial.

- Nomes como Capitão Mota não podem ser esquecidos. Essa história tem que ser lembrada e relembrada, contada, sempre, para que esses heróis sejam sempre vangloriados e valorizados – diz o escritor.

ADAPTAÇÃO
A adaptação do livro para o cinema surgiu através de João Wilton Alves que é ativista cultural, escritor e membro da Academia de Letras do Brasil e também integrante da sueca, ANELCA - Academia Nevense de Letras, Ciências e Artes.

- Estava em uma palestra, em Belo Horizonte, em que um dos palestrantes era o Denis Curi, amigo meu há 40 anos. Ele mencionou o próximo longa que está produzindo, “Monte Castelo”, em parceria com o Exército Brasileiro. Na oportunidade, falei sobre o livro de Herbert e Denis logo se interessou em inserir a obra no filme – explica João.

Denis Curi foi premiado pela maior faculdade de cinema de Nova York e produziu filmes como “Nos Caminhos da Liberdade”, “Oswaldo França Júnior” e “O Bandido Antonio Dó”. As filmagens do longa-metragem ainda não têm data prevista para começar. Segundo João Wilton, agora o momento é de captar recursos e planejar os locais das cenas.

CAPITÃO MOTA
José da Mota foi para Itália, lutar na guerra com mais 5.200 homens. Lutou em Monte Castelo, onde foi ferido gravemente, com dois tiros na cabeça, que vazaram o seu capacete de aço.  Dado como morto por seu pelotão, ele acordou de madrugada e rodeado de alemães que desceram o Monte a procura de inimigos feridos, ainda vivos, que pudessem capturar para passar informações importantes. Por isso, Capitão Mota fingiu de morto.

Um soldado alemão revirou seu corpo, mas verificando a sua cabeça ensanguentada e seu capacete de aço perfurado de balas, achou que ele estava morto. Os alemães abandonam o local e ele, sentindo-se seguro, orientado por seu relógio de pulso, num esforço descomunal, cambaleante, retorna em direção ao sul, onde sabe que se encontra seu pelotão. Posteriormente é levado com urgência para o hospital. Restabelecido, volta ao front, realiza várias patrulhas capturando inimigos e volta a lutar na sangrenta batalha de Montese.

Capitão Mota faleceu com 88 anos de câncer pulmonar, em 2009, na cidade de Belo Horizonte.

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