No início desta semana, o Lar Nossa Senhora do Perpétuo Socorro expôs trabalhos no Centro Cultural Hermes de Paula, com apresentações teatrais, dança e artesanato.
A apresentação contou com uma peça teatral que conta a história de madre Paula Elizabeth, mãe dos pobres e fundadora das irmãs do Sagrada Família. A história é de superação, de busca, de luta, de temor a Deus, não esquecendo de trabalhar o lado religioso, com danças.
Houve ainda apresentação dos grupos Dançação, com as crianças do Capi, grupos Fitas e Saruê.
A atriz principal da peça, E.M., 11 anos, explica que é bom morar no orfanato:
- Aprendemos muitas coisas. O projeto fazendo arte ensina a pintar, fazer colagem. E nas artes cênicas aprendemos a nos expressar melhor. Não é a primeira vez que sobe no palco. Na peça, sou madre Paula, cuido dos pobres, e eu os amo. Queria morar com eles, isso é muito legal, a dedicação e o amor.
De acordo com a voluntária e captadora de recursos Kátia Borges, o projeto Fazendo arte começou há dois anos, através do Fundo da Infância e da Adolescência (FIA), através de verbas resultantes do imposto de renda.
– A Petrobras nos repassa essa verba. Começamos com artes plásticas, depois com artes cênicas, e ano que vem teremos artes visuais, com cerâmica de barro, que terá uma estrutura montada no Bairro Jaraguá - afirma.
Na oficina de artes plásticas, as meninas de 05 a 18 anos já aprenderam a pintar em tecido, bordado, trabalhar papel couchê, chaveiro, bijuteria, caixas de papelão, ponto cruz e outras.
- Ano passado elas fizeram um mosaico, que hoje esta lá no orfanato. Além de trabalhar a habilidade motora, trabalha a reciclagem, de estar em sociedade, trabalho em equipe. Arte cênica trabalha o respeito ao próximo, cuidado, dança. A idéia é ser um projeto de aprendizado e recreativo, além de ser uma aprendizagem profissional, diz.
A voluntária ainda acredita que os trabalhos desenvolvidos trabalha a auto estima das meninas, a forma de como se expressar, o trabalho em grupo, respeito ao próximo.
- Quando começamos era trabalhos com TNT, hoje já mudou muito.Tem 50 meninas atendidas no projeto, e ano que vem prevemos 120 crianças e adolescentes ambos os sexos, diz.
No próximo ano o Lar vai atender crianças e adolescentes do Centro de Inclusão Social, do orfanato, atendendo crianças do entorno do bairro Todos os Santos. E vai existir um núcleo do projeto no Jaraguá.
- A criança que queira participar deve estar em situação de vulnerabilidade social. Atendemos dos 5 aos 18 anos. Os que completam 18 anos passam a freqüentar outros projetos, como “família o melhor lugar” e o projeto “acolher”. Jovens de 16 a 18 anos, participam do projeto “adolescente trabalhador”, com estágio renumerado. Ano que vem pretendemos começar um projeto de corte e costura para que estes jovens acima de 18 anos desenvolvam o cooperativismo individual e a iniciativa, finaliza.
Quem quiser ajudar o lar em qualquer projetos, através do Fia, basta ligar (38) 3221 - 2259, ou Rua são Carlos, 40, Todos os Santos. (MT)