Michelle Tondineli
Repórter
(foto: DIVULGAÇÃO)
O grupo Fitas nasceu há quatro anos em Montes Claros. Seu objetivo é levar o folclore da região e do país para todos os lugares. Como prova disso, o grupo participa pelo segundo ano das Festas de agosto, e se prepara para realizar uma viagem para a cidade de Torrino, no Peru.
O diretor de ritmo, Airton Sousa Santos Júnior explica que, atualmente, existem 32 pessoas no grupo, e que o Fitas foi criado em 2005. O diretor geral do grupo é Marco Aurélio que, juntamente com mais cinco pessoas, forma a comissão organizadora. São o diretor geral, de ritmo, dois diretores de coreografia e dois do figurino.
Os ensaios oficiais do grupo começaram em 2006, para pequenas apresentações, e no ano de 2008 começaram as grandes participações, no Festival de folclore de São Bernardo do Campo e, agora em 2009, até no Peru.
O diretor ainda fala que, para participar do grupo, quem tinha vontade de dançar, até mesmo sem vocação, podia participar. Atualmente, as pessoas precisam passar por um critério de avaliação para músicos e dançarinos.
- Esse critério é para ver se a pessoa tem vocação e se ela vai se adaptar ao grupo. Hoje, nós temos 32 pessoas no grupo, contando dançarinos, músicos e diretores da área de administração - diz.
O grupo é filiado à Fundação Marina Silva, a qual permitia, no início, que os ensaios fossem realizados no antigo Conservatório estadual de música Lorenzo Fernandez. Hoje, os ensaios acontecem na casa da professora de dança Carla Silva.
- A casa dela acaba sendo almoxarifado e estúdio de ensaio... Lá, nós temos uma sala com os instrumentos e uma sala para dança. Pretendemos ter uma sede própria, pois, mesmo com toda a vontade da Carla, acaba sendo incomodo - revela.
De acordo com Airton, no grupo só são permitidas pessoas maiores de idade. Só existem dois dançarinos que são exceção, porque demonstraram empolgação e responsabilidade.
- Decidimos isso porque, no processo de viagem, adultos têm mais responsabilidade e, quando é menor de 18 anos, a responsabilidade é do grupo, e não dele mesmo. A média de idade dos nossos integrantes é de 18 a 24 anos, com exceção do nosso diretor geral, o qual chamamos de Tio Leo, que é o mais velho do grupo, sendo um jovem de cabeça - argumenta.
As músicas tocadas para a dança e para os intervalos enquanto os dançarinos trocam de roupa não são do grupo.
- Mas sempre selecionamos músicas festivas folclóricas e pesquisamos sobre ela, para ver o que vale. Principalmente que essas músicas são de domínio público. Nos intervalos, tocamos músicas da região, como o grupo Agreste, Tino Gomes. Músicas de autoria própria ainda não estamos executando, mas pretendemos gravar um CD no próximo ano, e levar as nossas músicas de autoria própria para o grupo, mas no momento é só um projeto – diz.
Airton fala que o grupo Fitas recebeu o convite para se apresentar no Peru devido à amizade com o professor Wellington, da universidade do Peru, que conheceu em São Bernardo do Campo.
- Para a viagem, vamos em 25 pessoas que estavam mais ativas no grupo e que tinham maior disponibilidade. Tem que ter compromisso. Para irem os 25, temos que pagar translado da capital, Lima, até Torrino. Hoje, pagamos grande parte desse gasto, mas ainda precisamos dividir a grana, financiada, e depois em dez meses iremos pagando - conta
O diretor de ritmo ainda contou que o festival vai receber 14 países, sendo que o Fitas é o único do Brasil. Outros países presentes serão Argentina, Chile, Equador, África, Croácia.
- Nós estamos a dois meses ensaiando todos os dias para o festival. Não vale a pena sair do Brasil e fazer feio, se for para fazer feio é melhor ficar em casa. O nosso gasto é de 45 mil reais para as 25 pessoas, para chegar na metade desta quantia promovemos festas, feijoadas, rifas e várias outras formas de arrecadar o dinheiro, fala.
Segundo Airton, a apresentação nas festas de agosto para o grupo é uma grande evolução, sendo muito forte.
- Que para o folclore do nosso grupo nada melhor que apresentar em casa. O grupo é da cidade e está podendo representá-la. Todos os integrantes participam desde crianças da festa, é uma honra para nós, frisa.
Airton ainda lembra que o grupo Fitas só existe porque ele é composto por pessoas que amam o folclore de seu país e região.
- Nós não pedimos nada em troca, mesmo que caminhando em passos largos, ainda temos muito que aprender. Por isso tem que amar muito o que fazemos, Nosso grupo chama Fitas, e o nosso F significa família, porque somos amigos e somos uma família, e promovemos além de eventos para arrecadar fundos, confraternizações internas para nos unirmos mais, fala.
Para mais informações sobre o grupo Fitas ligue (38) 8814-4783.