Grupo Corpo nas trilhas de Minas

Jornal O Norte
18/04/2007 às 11:35.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:02

Com 32 anos de trajetória artística reconhecida internacionalmente, depois de 10 anos o Grupo Corpo volta a se apresentar no interior de Minas, numa turnê inédita com dez apresentações em seis cidades. Montes Claros recebe a Companhia de Dança no dia 02 de Junho

Jerúsia Arruda


Repórter


jerusia@onorte.net

A magia e a beleza da dança na mais perfeita harmonia será apresentada pelo Grupo Corpo, uma das mais importantes companhias de dança contemporânea do país, em espetáculo único em Montes Claros, no próximo mês de junho.

A cidade está entre as seis cidades mineiras a receber o grupo, que sai em turnê inédita com dez apresentações a partir deste mês de abril, num projeto que propõe a democratização e interiorização dos espetáculos.

Em parceria com a secretaria de Estado de Cultura, Fiemg e prefeituras, o Grupo Corpo Companhia de Dança, que é patrocinado pela Petrobrás, inicia a turnê no dia 28 de abril e vai até o dia 02 de junho, com espetáculos vistos e aplaudidos em várias partes do mundo a preços populares nas cidades de Poços de Caldas, São João Del-Rei, Ipatinga, Uberaba, Juiz de Fora e Montes Claros.




Fundado em Belo Horizonte, em 1975, o Grupo Corpo é uma companhia de dança contemporânea, eminentemente brasileira em suas criações (foto: divulgação)

O projeto foi anunciado durante uma coletiva na manhã do dia 10 de abril, que contou com a presença da secretária de Estado de Cultura, Eleonora Santa Rosa; do diretor do Grupo Corpo, Paulo Pederneiras, e o presidente da Fiemg, Robson Andrade.

Formado há 32 anos, o Grupo Corpo vem lotando os mais importantes teatros do mundo nos últimos quinze anos, numa rotina que inclui, anualmente, uma turnê nacional pelas principais capitais brasileiras, uma norte-americana e uma terceira, européia. Quando são apresentados uma estréia e o espetáculo imediatamente anterior.

Durante a coletiva, Paulo Pederneiras falou do sonho antigo do grupo em levar esses mesmos espetáculos ao interior do estado. Segundo ele, a oportunidade surgiu há cerca de um ano, quando o Grupo decidiu recusar convites para apresentações internacionais e reservar datas para realizá-la a preços populares.

- A média de espetáculos realizados pelo Grupo é de 80 por ano, sendo que 60% das apresentações são feitas fora do Brasil. Além disso, há mais de dez anos o Corpo não se apresenta em nenhuma cidade do interior mineiro, o que faz com que tenha uma enorme satisfação em se apresentar através deste projeto – disse o diretor, que também enfatizou a importância de minimizar a diferença de acesso aos espetáculos entre capital e interior.

O A turnê inicia no dia 28 de abril, com apresentação no Ginásio Poliesportivo de Poços de Caldas; dias 04 e 05 maio no Ginásio do Atletic, em São João Del Rei; 11 e 12 maio no Teatro Usicultura, em Ipatinga; 18 e 19 de maio, no Ginásio Colégio Marista de Uberaba; 25 e 26 maio no Ginásio do Sport, em Juiz de Fora e dia 02 de junho no Ginásio Poliesportivo, em Montes Claros.

O orçamento da turnê é de R$ 300 mil. A Fiemg está arcando com a metade do valor; a secretaria de Cultura com R$ 50 mil e o Corpo atua como co-produtor, com parte da infra-estrutura. A previsão é de que 15 mil pessoas assistam às montagens de Parabelo (1997), e uma das coreografias mais brasileiras e regionais do grupo, e Lecuona (2004), considerada pelo diretor como umas das montagens mais representativas do Grupo.

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PARABELO (1997)

Coreografia de Rodrigo Pederneiras; música de Tom Zé e Zé Miguel Wisnik; iluminação de Paulo Pederneiras. A mais regional e brasileira criação de Rodrigo Pederneiras evoca a inspiração sertaneja em diálogo com as temáticas contemporâneas para compor um balé cheio de cantos de trabalho e devoção, da memória cadenciada do baião e de um exuberante emaranhado sonoro. A estética dos ex-votos de igrejas do interior levou Fernando Velloso e Paulo Pederneiras a criarem grandes painéis para o fundo do palco. O tom velado do figurino no início contrasta com a explosão de cores da parte final, criação de Freusa Zechmeister.

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LECUONA (2004)

Coreografia de Rodrigo Pederneiras; músicas de Ernesto Lecuona (1895-1963); cenografia de Paulo Pederneiras; figurinos de Freusa Zechmeister; iluminação de Paulo Pederneiras e Fernando Velloso. Seqüência de 12 pas-de-deux que leva o espectador a experimentar sentimentos passionais, como vingança, erotismo, ciúme e amor, encerrando-se em grande estilo com uma valsa formada por seis casais. Num cenário de espelhos criado por Paulo Pederneiras, bailarinos se multiplicam numa das cenas finais.

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