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Terça-Feira,23 de Setembro

Grupo Arte volta ao palco da sala Geraldo Freire

Jornal O Norte
Publicado em 02/10/2009 às 09:53.Atualizado em 15/11/2021 às 07:12.

Michelle Tondineli


Repórter



Até o dia 08 de novembro acontece nova temporada da peça Deus é amor... mas também é humor. A temporada de 2009 retorna inicialmente com 15 apresentações, apresentado pelo Grupo Arte, na Sala Geraldo Freire, às 21h, às sextas, sábados e domingos.



A peça foi montada por Cláudio Prates, seguindo a frase de que Deus disse: “Faça-se o riso” e o público, pelo visto, aprovou a criação: apenas no segundo semestre de 2008 foram 36 apresentações (duas no Centro Cultural, 30 no Colégio Marista São José e quatro na Paróquia São Sebastião), para um público de mais de dez mil pessoas.  



(foto: DIVULGAÇÃO)


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Deus é amor... mas também é humor trata de uma releitura de cenas bíblicas que demonstram, na visão do autor, “o refinado humor de Deus presente nas escrituras sagradas”.



Valendo-se do suporte de outras mídias, como o vídeo, Deus é amor... é um espetáculo interativo e atualizado, e consegue promover, durante cerca de uma hora e dez minutos, a reflexão sobre inúmeras cenas da Bíblia, como a história de Adão e Eva, Abraão e a primeira “pegadinha” da humanidade, a luta entre Davi e Golias, a perseverança de Jô - o homem que não desiste nunca.



A produção é de Kelly Marfriz, no elenco Bia Inácio, Cláudio Prates, Junior Xavier, Samyr Ribeiro, Renato Oliver, Wander Hamilton e Kelly Marfriz. O figurino e cenário ficam por conta de Renato Oliver, e a sonoplastia por Marcelo Ferreira, Victor Starling e Wesley.



Com censura livre, tem até uma turminha especial atraída pela história: as crianças. Mas o convite vale para todas as idades. O único pré-requisito é estar preparado para rir muito.



Perseverança que tem tido muitos atores da cidade de Montes Claros ao levarem cultura à população, apesar dos poucos incentivos recebidos pela administração pública e de não se valerem ao menos de um teatro municipal para grandes apresentações.



De acordo com Cláudio Prates, que também atua no espetáculo, a peça não se trata de esculhambação à história sagrada, mas sim de uma outra forma de contá-la.



- Ao colocarmos as lentes do bom humor podemos ver centenas de passagens bíblicas que revelam o fino humor de Deus em suas ações. A peça mantém fidelidade à narrativa do Autor Sagrado, levando o espectador a descobrir que Deus não é cara carrancudo e sério, como alguns possam imaginar, mas, pelo contrário, Ele é um Deus muito bem humorado. Isto está presente em diversas histórias das Escrituras Sagradas, algumas contadas no palco - diz.



Ele define seu texto como uma “divina comédia”. E o espetáculo está cheio de novidades este mês.



- É uma história é sagrada, mas cheia de graça. Além dos objetivos de entreter e fazer rir, a peça se transformou em um projeto social: Deus é amor... mas também é humor: arte itinerante transformando vidas. Após esta temporada, o projeto será levado às comunidades carentes de Montes Claros, com o objetivo de envolver, com a arte e a cultura, a juventude local que se encontra em situação de risco ante às crescentes criminalidade e violência - conclui.



O autor da peça, Cláudio Prates, revela ter demorado um semana para escrever a peça. Ele explica que as idéias já estavam na cabeça e foi só colocá-las no papel.



- Há alguns anos, assisti uma palestra do padre Leo, da Canção Nova, um grande pregador, um grande contador de piadas e de histórias, que faleceu há cerca de dois anos. Durante a palestra, ele falou algo que me despertou: que quando queria dar boas gargalhadas, não precisava de livros de piadas, simplesmente abria a bíblia e morria de rir de algumas inúmeras histórias sagradas, porque Deus, dizia ele, não é apenas amor, mas também é humor. Essa frase ficou marcada em minha cabeça e pensei “genial, Deus é também humor”... Isto daria uma peça de teatro e uma história bacana para se contar no palco. Resolvi escrever no papel e inscrever a peça na 7ª Mostra de teatro de Montes Claros, conta.



Prates ainda fala que ao escrever a peça teve que deixar algumas cenas de fora, pretendendo apresentá-las alternadamente.



- Algumas cenas que ficaram de fora: a história de Moisés, o profeta gago, Noé e a Arca, Jonas, o mau humorado, Judas Argentino, a Tentação do Gerundismo no Deserto, entre outras, frisa.



A falta de espaço físico para fazer teatro em Montes Claros é uma das alternativas em que o grupo enxerga como dificuldade para se fazer teatro.



- A cidade é um pólo universitário que possui curso superior de Teatro, uma cidade que se apresenta para o país como a “cidade da arte e da cultura” não possua um único teatro, enquanto cidades próximas, vizinhas possuam teatros decentes. Chega a ser uma piada, porém de mal gosto, é claro. O Centro Cultural, além de não ser um teatro, é um auditório, e é tão cheio de atividades - quase nunca teatro - que não se consegue uma vaga com menos de um ano de antecedência e, sem contar que jamais conseguiríamos agendar 16 apresentações como conseguimos o espaço do Colégio Marista São José, finaliza.



O espetáculo tem a duração de 70 minutos e é livre para todos os públicos. Os Ingressos antecipados a R$ 5,00 na livraria Chama Viva, Livraria Santa Terezinha e na Alfaia Homem. Informações adicionais pelos telefones: (38) 8404-200, 9126-2635, 9931-7667, 8815-3527.

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